A empresária Rafaella Cristina de Jesus Souza, de 24 anos, foi morta a tiros nessa segunda-feira (7), no salão de beleza dela, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Segundo a polícia, o suspeito do crime é o ex-marido dela, de 27 anos, que fugiu após o crime.
Rafaella deixou três filhas.
O suspeito do crime ainda não havia sido preso até a publicação desta reportagem.
O assassinato foi no salão dela, localizado no Conjunto São José, quando foi baleada várias vezes. Ela foi atingida na cabeça e chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
A Polícia Civil diz que o caso é tratado como feminicídio. A Polícia Militar divulgou que o ex-marido dela já foi preso outras vezes por crimes da Lei Maria da Penha.
Atualmente, Rafaela tinha uma medida protetiva contra ele, ou seja, ele não deveria se aproximar dela.
O corpo da Rafaella foi levado para Primavera do Leste para necropsia, por falta de médico legislata em Rondonópolis. O município tem rês médicos legistas, mas nessa segunda-feira apenas um estava de plantão e, quando o corpo dela foi levado, ele já não estava mais de plantão.
O corpo deve ser sepultado no final da tarde desta terça-feira (8).
A família de Rafaella passou a integrar a lista de pessoas que esperam por justiça pelos crimes de feminicídio registrados em Mato Grosso.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Tales Almeida, explica que a média de tempo para julgamentos de crimes como o feminicídio pode variar de três meses a três anos.
Segundo ele, um prazo que geralmente se alonga pelo excesso de burocracia.
Em 2020, foram registrados 62 casos de feminicídio no estado e, em 2021, 43, o que representa uma redução de 31%.