Nos últimos dias, a chuva não tem dado trégua aos agricultores no oeste de Mato Grosso. Com isso, as máquinas ficam paradas e, com excesso de água, eles temem perder a produção.
Outra preocupação é que várias áreas fiquem no ponto da colheita e, ao mesmo tempo, com uma área maior.
Isso aumenta a correria para a colheita, muda o planejamento das propriedades, afinal a soja tem que ser retirada o mais rápido possível para evitar os prejuízos causados pela chuva.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra passada, até a sexta semana de 2021, os produtores de soja do oeste do estado haviam colhido 15% do total da área cultivada.
No entanto, neste ano já foram colhidos 62% durante o mesmo período, mas a mudança no tempo tem deixado os agricultores em alerta.
Segundo o agricultor Gilson Antunes, as previsões ainda não são nada boas.
“As previsões não são boas. É chuva e chuva. Então, está difícil. Não sei o que vai acontecer daqui para frente”, disse.
A chuva tem tirado o sono dos produtores que já estão com a soja pronta para a colheita.
Para Antunes, o cultivo necessita de luminosidade para poder crescer.
“Nós viemos de um dezembro chuvoso. A soja já caducou e ficou muito escura por falta de luminosidade. Então, ela não amadurece. Quando ele vai chegar para amadurecer, aí apodrece”, explicou.
A expectativa dos produtores é de que o sol apareça nos próximos dias e as máquinas possam voltar a colher.