O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou nesta sexta-feira (18) as Estatísticas do Registro Civil - Divórcios 2020. Os dados mostram que o primeiro ano da pandemia de Covid-19 no Brasil, com cartórios fechados por alguns meses e confinamento de boa parte da população, ajudou a manter vários casamentos.
De 2019 para 2020, caiu 13,6%, de 383.286 para 331.185, o número de divórcios judiciais ou extrajudiciais (que não passaram pelos tribunais) registrados no país.
Os dados divulgados mostram ainda que a diferença de mais de 52 mil casos entre 2019 e 2020 vem toda da opção pelo divórcio judicial, com queda de 17,5% em um ano, O término extrajudicial teve ligeiro aumento: 908 a mais.
O levantamento, que leva em conta dados oficiais, mostrou ainda que a idade média na qual as mulheres se separam é de 40 anos, três a menos que a dos homens.
Em novembro de 2021, o IBGE já havia divulgado que o número de casamentos em 2020 (757.179) teve queda recorde de 26,1%. No período mais grave da pandemia, entre abril e junho daquele ano, houve 55,2% menos matrimônios do que o verificado no mesmo período de 2019.
O IBGE revela ainda que os relacionamentos duram cada vez menos no Brasil. Na comparação com 2010, a quantidade de divórcios antes de 10 anos de união subiu de 37,4% para 49,8% em 2020.
A região Norte do país é a que tem as separações mais rápidas, com 55,3% ocorrendo antes de 10 anos.
Na outra ponta, a região que adia por mais tempo o fim dos casamentos é a Sul, com 32% dos registros após 20 anos.
O Sul apresenta o tempo médio maior entre a data do casamento e o divórcio, com 14,7 anos. Uma década antes, em 2010, as uniões duravam 16,9 anos na região.
No Centro-Oeste do Brasil está a menor média, com 12,3 anos, seguido bem de perto pelo Norte, com 12,4.