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Balsas removidas pela Marinha há 10 meses voltam a operar no Rio Xingu em MT após reforma

Esse é o único meio de transporte da região usado para atravessar o Rio Xingu. As reformas para voltarem a operar custaram mais de R$ 1,2 milhão.

Data: Quarta-feira, 23/02/2022 08:45
Fonte: G1 MT

As balsas 'Estradeiro I' e 'Estradeiro II', que ficam na travessia do Rio Xingu, na MT-322, em São José do Xingu, a de 952 km de Cuiabá, foram reformadas e voltaram a operar 10 meses após serem removidas pela Marinha do Brasil, atendendo uma decisão judicial que apontava falta de segurança.

Esse é o único meio de transporte da região usado para atravessar o Rio Xingu.

A balsa e o rebocador foram entregues na última sexta-feira (18). Já nessa terça-feira (22), os equipamentos receberam a licença provisória para entrada em tráfego, emitida pela Marinha, autorizando que entrassem em operação novamente.

De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), os reparos foram feitos por uma empresa privada contratada pelo governo para o serviço. As reformas custaram mais de R$ 1,2 milhão.
 

A secretaria informou que foram realizados serviços de reparo nas estruturas da balsa, nas rampas de acesso, recuperação do abrigo de passageiros, instalação de portões e revisão de toda a parte mecânica do rebocador, além da limpeza e pintura da balsa.

A Balsa Estradeiro I tem 39 metros de comprimento e capacidade para transportar 169 toneladas de carga, 48 passageiros e dois tripulantes.

O transporte é essencial para o escoamento da produção agrícola da região, para o comércio e para a integração entre o norte mato-grossense e a região do Norte Araguaia.

Além disso, o serviço é utilizado pelos povos indígenas que vivem no Parque do Xingu, e que são responsáveis pela operação da balsa.

Condições precárias e reforma

 

As embarcações pertencem ao governo de Mato Grosso e foram adquiridas nos anos de 2003 e 2005, respectivamente, e estão em posse da Sinfra/MT. No entanto, os veículos são administrados pelos índios da etnia Kaiapó, da Terra Capoto Jarinã, para travessia do Rio Xingu, dentro do Parque Nacional do Xingu.

Os equipamentos foram apreendidos pela Marinha do Brasil em abril de 2021, após a Agência Fluvial de São Félix do Araguaia constatar diversas irregularidades durante inspeção e a Justiça determinar a remoção.

Em julho de 2019, também foi realizada uma fiscalização pela Marinha do Brasil e constatou-se a falta de documentação atualizada, tripulantes não habilitados, material de salvatagem incompleto, falta de colete salva-vidas para passageiros e funcionários, extintores vazios e os porões parcialmente alagados.

As reformas nos veículos começaram em novembro do ano passado e foram finalizadas neste mês.