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O que se sabe sobre a brasileira presa nos EUA por participar de invasão ao Capitólio

Letícia Vilhena Ferreira concluiu curso de engenharia ambiental na PUC-Campinas em 2013 e, após isso, foi para os Estados Unidos, onde cursou outra universidade e vive até hoje. Caso que a levou à prisão foi em janeiro de 2021.

Data: Quarta-feira, 23/02/2022 08:42
Fonte: G1

Formada em engenharia ambiental pela PUC-Campinas (SP), Letícia Vilhena Ferreira, de 32 anos, está presa nos Estados UnidosA mulher foi identificada pelo FBI em imagens de dentro do Capitólio durante a invasão registrada em janeiro de 2021, um ato que tentava impedir funções do governo americano.

De acordo com a rede social da mulher, Letícia cursou a universidade em Campinas entre os anos de 2009 e 2013, foi o início da sua carreira na área de engenharia ambiental e sanitária, que foi consolidada após outra formação já nos Estados Unidos, na Universidade da Califórnia, a partir de 2014.

a PUC-Campinas disse que não vai comentar o caso por conta da Lei Geral de Proteção de Dados. "A Universidade não tem permissão para compartilhar informações de estudantes ou ex-estudantes sem o consentimento dos mesmos." Por isso, também disse que não pode informar se Letícia foi aluna ou não.

Uma ex-aluna da PUC, que preferiu não se identificar, disse que foi colega de turma de Letícia e que a mulher tinha um comportamento normal na faculdade de engenharia. Além disso, contou que logo depois da formatura, Letícia se mudou para os EUA.

Carreira interrompida

 

Fluente em inglês e espanhol, a mulher, que tem visto de trabalho nos EUA, atuava na filial americana de uma empresa do ramo de projetos sustentáveis voltados para embalagens. Antes, ela trabalhou na filial mexicana da mesma empresa.

Na quarta-feira (16), a carreira dela foi interrompida. Ela foi detida em casa, na cidade de Indian Head Park, no estado de Illinois, acusada de ter agido conscientemente para entrar, sem autorização, na sede do Congresso dos Estados Unidos junto a outros apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

Também foi acusada de ter se envolvido em conduta desordenada para impedir a condução de funções oficiais do governo. Nas imagens de câmeras de segurança analisadas na investigação, ela aparece com um gorro vermelho com a inscrição "Trump".

O atual presidente, Joe Biden, tinha acabado de vencer a eleição, e os opositores protestavam para tentar reverter o resultado das urnas.

 

'Fui tão irresponsável'

 

Mensagens de celular em inglês interceptadas pelos agentes do FBI mostraram uma conversa de Letícia com outra pessoa sobre o ocorrido, um dia depois da invasão.

A brasileira enviou o seguinte texto: "Você acha que eles vão atrás de todas as pessoas que foram à área do Capitólio?".

A outra pessoa teria afirmado em resposta: "Não fique triste. Esteja preparada. Estamos todos ferrados. Sim, eles vão procurar todas essas pessoas". Leticia, por sua vez, teria respondido: "Fui tão irresponsável de andar lá".

Letícia conta, segundo o documento da justiça americana, que estava só caminhando, pacificamente, com uma família, um homem e dois filhos. Diz saber que havia câmeras no prédio e se mostra preocupada em ser identificada, e parece estar arrependida.

 

"Eu sou tão irresponsável. Ontem foi incrível", escreveu.
O documento cita, ainda, que ela disse aos agentes que fez fotos e vídeos da movimentação no Capitólio com seu telefone celular, e que cedeu essas imagens para as investigações. Não foram localizadas informações sobre a defesa dela no texto.