Cinco barragens em São José do Rio Claro, a 325 km de Cuiabá, se romperam no final de semana, após o grande volume de chuva na região.
Técnicos da Defesa Civil e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) sobrevoaram a área que foi alagada depois do rompimento de para avaliar os estragos causados.
Segundo o secretário-adjunto de Proteção e Defesa Civil, Abadio José da Cunha Junior, o incidente ocorreu em uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH).
"O rompimento começou nessa primeira barragem, que não suportou o volume de água da chuva e provocou uma reação em cadeia, rompendo mais quatro barragens", explicou.
O nível da água ficou mais de 30 centímetros acima do normal. No entanto, não houve vítimas e a situação está controlada, de acordo com o coronel.
“A água foi absorvida pelo Rio Arinos e não há mais riscos. As equipes agora fazem o levantamento dos prejuízos”, disse.
Os prejuízos ambientais ainda serão contabilizados por técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que irão percorrer a área.
A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager) vai verificar de forma mais precisa se houve outro fator técnico que contribuiu para o rompimento, além do volume de água.
O coronel alerta para as chuvas que ainda devem ocorrer até o final de março e que, qualquer risco de acidente, deve ser informado à Defesa Civil Estadual pelo número de emergência, o 199.
Uma das fazendas atingidas foi a Agromar, de propriedade do Grupo Bom Futuro. Em nota divulgada na segunda-feira (5), o grupo afirmou que o rompimento ocorreu em uma propriedade vizinha. O problema causou a queda de parte do aterro e da ponte que davam acesso à fazenda Agromar, a deixando isolada.
Além da ponte, um reservatório da fazenda foi atingido e teve parte da barragem rompida, causando inundação na casa de máquinas.