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Homem denuncia negligência em parto de 17 horas de seu filho e criança acaba morrendo

Data: Quarta-feira, 07/02/2018 17:20
Fonte: Olhar Direto

Um pai, identificado como R.M.P.F., procurou a Delegacia de Polícia de Guarantã do Norte (a 713 km de Cuiabá) para denunciar um caso de negligência durante o parto de sua esposa no Hospital Municipal, que acabou provocando a morte de seu filho. O homem diz que sua mulher sentiu muita dor durante todo o processe e que não havia médico especialista no local. O hospital ainda deve se manifestar sobre o assunto.
 
De acordo com informações do boletim de ocorrências registrado na noite da última terça-feira (5), o marido da grávida disse que sua esposa estava gestante de 9 meses e deu entrada no Hospital Municipal de Guarantã do Norte por volta das 8h de segunda-feira (5). No entanto o casal acabou indo fazer uma ultrassom, para saber o estado da gravidez, em uma clínica e retornou para o hospital já por volta das 10h40. O exame mostrou que o bebê estava em perfeito estado de saúde.

A mulher, já no hospital, começou a sentir muitas dores e foi atendida por um médico, que segundo o pai não era especialista para fazer o parto. Já por volta das 21h a bolsa da grávida estourou e ela continuava a sentir muitas dores. O médico então teria dito para o marido da mulher que tivesse paciência, já que como o procedimento seria por parto normal, sentir dores era comum.

O homem então foi para um ponto de táxi em frente ao hospital para aguardar e disse que de lá conseguia ouvir os gritos da esposa, mas todos continuavam lhe dizendo que era normal e que se o médico avaliasse que se fosse preciso fazer uma cesariana para que não houvesse sofrimento da mãe nem da criança, seria feito. No entanto, mesmo com os gritos da mulher, o procedimento não foi feito.

O homem ainda disse que mesmo com o sofrimento da mulher os médicos continuavam insistindo para que ela fizesse força para a criança nascer, mas a mulher já estava cansada e exausta com a situação. No entanto, o médico insistiu no parto normal.

Momentos depois, novamente em frente ao hospital, o pai viu o anestesista, que lhe disse que foi um parto difícil, que foram tomadas todas as medidas cabíveis, que sua esposa não havia colaborado muito com o parto e que a criança acabou falecendo no procedimento. O pai ainda relatou que a médica especialista só chegou ao hospital por volta das 2h40, quando a  criança já estava morta.

A diretoria do Hospital Municipal de Guarantã do Norte afirmou ao Olhar Direto que ainda estão fazendo o levantamento das informações e devem se manifestar assim que o caso for apurado. O caso deve ser investigado.