O novo tipo de golpe que vem se popularizando entre os bandidos e dando prejuízo para cuiabanos e mato-grossenses é o “golpe do boleto falso”. Após o Repórter MT relatar que um jornalista perdeu mais de R$ 1 mil nesta artimanha, diversos leitores nos disseram que também caíram na armadilha.
O delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), Ruy Guilherme conversou com o Repórter MT e deu dicas para evitar cair neste golpe e o que fazer caso seja uma das vítimas.
Conforme o delegado, o golpe cresceu muito durante a pandemia. “São boletos que se passam pelos originais, podem ser de água, energia, telefone, conta de internet. Não existe limite para os bandidos”, diz.
“É importante que o cidadão se atente de que existem algumas características que dá para perceber que é um boleto falso. Geralmente ele possui um código de barras e, nesse código, o criminoso vai utilizar um código de identificação de um banco diferente do normal”, explica.
Além disso, o delegado também alerta para o cidadão alertar para o beneficiário do pagamento. “Quando a pessoa vai fazer o pagamento da conta de internet, por exemplo, se o boleto for falso, vai aparecer o beneficiário [pessoa física ou jurídica] diferente. Se atente para quem está sendo destinado o pagamento”, alerta.
Outra dica é que, quando o boleto é falso, a leitura dele fica difícil tanto pelo celular, quanto pelo próprio banco, por conta do código de barras adulterado, afirma o delegado. “Redobre a atenção quando for difícil fazer a leitura do código de barras”.
“Sempre pague boletos gerados nos sites das próprias empresas, evite os recebidos pelo WhatsApp, e-mail, ainda mais que você não tem o costume de receber."
Caí no golpe... e agora?
O delegado Ruy Guilherme diz para que, quando a vítima descobriu que caiu em um golpe, o primeiro passo é denunciar. “Pode ligar no número 197 ou registrar o boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela nossa delegacia virtual para que as providências investigativas sejam tomadas”, explica.
“Importante a vítima reunir o máximo de informação que conseguir, prints de conversas, do boleto, do pagamento, para a possível recuperação dos valores”, afirma.
Também é importante ligar para o gerente bancário e informar sobre o pagamento para bloquear a transação.