m 2017, quase duas pessoas foram diagnosticadas com vírus HIV por dia em Mato Grosso. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT). Segundo o levantamento do órgão, naquele ano a taxa de pessoas que descobriram ter o vírus foi de 1,7 por dia. Ao todo, 640 novos casos foram registrados no ano passado.
O sexo masculino lidera com o maior número de novas infecções. Foram 470 registros, segundo o governo. Já os casos em mulheres somam 170 notificações.
Entre os municípios que mais registraram pacientes diagnosticados com o vírus em 2017 estão: Cuiabá (265), Sinop (52), Tangará da Serra (35), Sorriso (30) e Primavera do Leste (21).
Segundo o infectologista Ivens Scaff, os dados estatísticos refletem a realidade do estado.
“É um número alto. E o que preocupa é que eles continuam crescendo apesar das informações sobre prevenção circularem. Por outro lado, temos que observar que o crescente pode significar um aprimoramento no sistema de notificação”, disse.
Os do governo apontam que a incidência do vírus é maior em heterossexuais (3.018 casos entre 2010 e 2017). Para o infectologista, os números podem ser também sinônimos de preconceito.
“Temos que observar que essas pessoas optam por não contar a verdade num primeiro momento e prefiram esconder que são homossexuais”, afirmou Scaff.
Aids
Em contraponto, o número de pacientes que foram diagnosticados com Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) apresentou queda em relação aos últimos anos.
No ano passado, 277 pacientes foram diagnosticados com a doença . Em 2016, o número foi de 378 pessoas. Os números de diagnosticados sobe para 464 em 2015 e para 623 em 2014.
As pessoas notificadas com o vírus HIV não necessariamente já desenvolveram Aids. O vírus evolui e destroi determinados glóbulos brancos, o que deixa o doente à mercê de infecções denominadas oportunistas (como a tuberculose, a pneumocistose e a toxoplasmose).
A doença pode ser transmitida por via sexual, sanguínea ou materno-filial durante a gravidez ou a lactação.