A BR 163 que cruza Mato Grosso e Pará, tem vários trechos de atoleiros que obrigam motoristas de caminhões há permanecer vários dias parados, formando filas com cerca de mil caminhões estacionados e outros atolados.
O ponto de estrangulamento da rodovia tem cerca de 80 quilômetros, entre Novo Progresso e Miritituba, que não são pavimentados. Os caminhoneiros se concentram na chamada Vila Santa Júlia, entre os municípios de Moraes Almeida e Novo Progresso, com carretas carregadas de soja, provenientes do estado de Mato Grosso.
Há caminhoneiros da região do Vale do Arinos que levam soja das cidades de Juara, Porto dos Gaúchos e Tabaporã e que também estão parados naquele trecho da rodovia 163.
Água potável e alimentação estavam faltando para os motoristas, alguns deles acompanhados pelas famílias nas cabines dos caminhões.
O tempo continua chuvoso na região e a preocupação é que os problemas se agravem. Uma equipe do DNIT com cerca de 200 homens está na região na tentativa de garantir a trafegabilidade no Sudoeste do estado do Pará e outra equipe do Exército Brasileiro é responsável pela coordenação do trânsito na região, até que as chuvas deem uma trégua.
Um caminhoneiro que pediu para não ser identificado, em contato com a reportagem da RECORDTV/Juara e AMPLITUDE FM enviou vídeos e fotos sobre o caos na BR 163 e lamentou a situação.
“Passamos por isso todos os anos e nada é feito para pavimentar esta estrada. É muita riqueza que passa por aqui indo até os portos e os nossos políticos usam a 163 como discurso. De tanta conversa fiada e promessas esta rodovia já tem aproximadamente umas 30 camadas de asfalto. Eles mentem sempre e nós continuamos no barro, nos atoleiros amargando prejuízos. Uma vergonha”! Desabafou o motorista.
Obs: A foto que ilustra este texto foi copiada do www.folhadoprogresso.com.br