A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado e a delegacia de Vera (90 quilômetros de Sinop), deflagrou, hoje, a operação ‘Safety’ para cumprimento da prisão de envolvidos em um assalto a banco no norte do Estado.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva no estado de Pernambuco contra os autores da extorsão mediante sequestro, ocorrida na madrugada de 16 de julho do ano passado, na cidade de Vera contra uma funcionária de uma agência bancária.
As investigações da GCCO e da delegacia de Vera identificaram os autores do crime, quando dois homens, um deles armado, invadiram a residência das vítimas e anunciaram o sequestro, com restrição de liberdade das vítimas.
Uma das vítimas é gerente de uma agência de uma cooperativa de crédito no município e os criminosos exigiram dinheiro para que libertassem seus familiares, que foram mantidos em cativeiro, uma modalidade de crime conhecida como “Sapatinho”.
No primeiro momento, os criminosos levaram os familiares para o cativeiro localizado na zona rural do município. No local, os suspeitos instruíram que a funcionária do banco deveria retornar para a cidade, aguardar a abertura da agência, retirar todo o dinheiro do cofre e deixar os valores em um ponto pré-determinado pelo grupo, como garantia para a liberdade de seu esposo e da filha.
Conforme declarações da vítima à Polícia Civil, depois de cumpridas todas as exigências dos criminosos, quando foram deixados R$ 230 mil em espécie no local determinado, a família dela foi libertada.
O delegado responsável pela investigação, Gustavo Belão, explicou que três criminosos, naturais da Bahia e de Pernambuco, foram identificados. “A Polícia Civil apurou que o grupo é especialista nessa modalidade de crime e já agiu em diversos estados do Norte e Nordeste do país. Ao menos outros três crimes foram praticados pelos investigados nos estados do Pará e de Pernambuco”, esclareceu.
A investigação contou com apoio do delegado Paulo César Brambila, de Vera, e apontou ainda que os criminosos fizeram vigilância da residência das vítimas, conhecendo a rotina da família, dias antes da execução do crime. O grupo permaneceu em Vera por quatro dias monitorando a família da gerente.
O delegado titular da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato, afirmou que a unidade e a equipe da delegacia do município não mediram esforços para esclarecer o crime, que deixou abalada a população da pequena cidade. “O grupo praticou um dos crimes mais graves previstos no Código Penal, com emprego de armas de fogo, em concurso de pessoas, sequestrando as vítimas e exigindo valores em dinheiro para libertá-las. A repercussão social ficou evidente no município, com o emprego de ameaças gravíssimas, inclusive, com a restrição à liberdade, obrigando a mãe a acessar o cofre da agência bancária”, destacou .
Safety significa segurança e o nome foi pensado pelos policiais que atuaram na investigação visando empregar esforços para esclarecer o grave crime praticado no município e restabelecer a sensação de segurança dos moradores de Vera.
Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo)