Suspeito de assassinar a namorada, o jovem Maycon Júnior da Silva Dantas, de 30 anos, gravou um vídeo da vítima agonizando antes de morrer. Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 21 anos, foi encontrada morta dentro de casa, no Bairro Três Barras, em Cuiabá, no dia 31 de janeiro. Maycon teve a prisão preventiva decretada e é considerado foragido.
Em nota, a Polícia Civil confirmou a existência do vídeo e afirmou que as imagens são analisadas pelo Núcleo de Inteligência da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O vídeo tem duração de 15 minutos e circula nas redes sociais. Nas imagens, o suspeito conversa com Vanessa que, agonizando, responde palavras inaudíveis.
A Polícia Civil considera a divulgação do vídeo uma “clara tentativa do investigado em desmontar a linha de homicídio qualificado como feminicídio".
A investigação ainda aguarda o resultado de exames periciais de violência sexual, toxicológico, alcoolemina, necropsia e resíduos de pele nas unhas da vítima.
Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), no entanto, Vanessa foi morta por asfixia e tinha sinais de espancamento pelo corpo.
O corpo de Vanessa foi encontrado pela mãe de Maycon. Ela estava na cama do quarto do casal, com a blusa levantada, seios à mostra e de calcinha.
Passagens e tornozeleira
Maycon responde a processo por violência doméstica e está sendo monitorado com tornozeleira eletrônica. Ele tinha sido solto havia pouco mais de um mês depois de passar quase três meses na prisão.
De acordo com a Polícia Civil, o primeiro caso de lesão corporal foi registrado em 2009. O inquérito foi feito pela Delegacia da Mulher de Cuiabá. Depois, ele foi condenado nesse processo e, posteriormente, solto com o uso de tornozeleira.
No ano passado, a violência doméstica foi cometida contra a então namorada. Ele foi preso no dia 5 de outubro de 2017. A investigação correu na Delegacia da Mulher de Cuiabá.
Vanessa estava morando com Maycon havia um mês. Segundo a delegada Alana Cardoso, responsável pela investigação, desde que se mudou para a casa do suspeito, a vítima deixou de manter contato com a família.
“A única forma que ela [Vanessa] tinha com os familiares era feito através de uma rede social do suspeito. A família dela deu indícios de que o relacionamento dos dois tinha características alarmantes”, contou a delegada.