A Polícia Civil realiza uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador Gabriel Monteiro, investigado por vazamento de um vídeo em que aparece tendo relações sexuais com uma menor de idade.
O vereador e a menor de idade alegam que a relação e a filmagem foram consensuais, porém Monteiro acusa funcionários de vazar o vídeo, que circulou por grupos de WhatsApp. Segundo informações da Record TV Rio, ele teria denunciado na 42ª DP que teve HDs furtados de sua casa.
Já os ex-funcionários dizem que Monteiro registrou a queixa para ocultar a destruição dos equipamentos.
Segundo a Polícia Civil, a ação é cumprida por agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) em 11 endereços, entre eles a casa do vereador, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e o gabinete na Câmara Municipal.
A busca e apreensão foi autorizada pelo plantão judiciário para o recolhimento de notebooks, computadores, tablets, celulares, kindles, smartphones, mídias externas e portáteis tais como HDs externos, pendrives, CDs, DVDs e semelhantes.
Também foi autorizado pela Justiça o afastamento do sigilo telefônico e informático para todo o conteúdo dos aparelhos e mídias apreendidos, bem como a quebra do sigilo de dados das mensagens contidas em aplicativos nos equipamentos.
Conselho de Ética
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara abriu uma representação com pedido de cassação do mandato de Monteiro. De acordo com o presidente do grupo, vereador Alexandre Isquierdo, os indícios de edição e direcionamento de vídeos com exposição de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade podem configurar quebra de decoro.
“A decisão foi unânime mediante os fatos já divulgados na mídia, mediante o que foi discutido e debatido amplamente pelo Conselho de Ética", explicou.
Segundo Isquierdo, também foram consideradas informações compartilhadas em reunião realizada ontem com o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, além de vídeos recebidos pelos parlamentares e demais denúncias veiculadas pela imprensa.
O vereador destacou ainda que Monteiro terá assegurado o seu direito de defesa.