As três filhas do empresário Toni Flor, morto em agosto de 2020, entraram com uma ação de exclusão da mãe, a empresária Ana Claudia Flor, como herdeira do marido. Ana confessou ter pago R$ 60 mil para mandar matar o marido. O crime aconteceu no dia 11 de agosto de 2020, no momento em que a vítima chegava a uma academia, no Bairro Jardim Santa Marta, em Cuiabá.
As meninas de 6, 9 e 11 anos buscam reconhecer que Ana Claudia Flor é indigna de receber herança e que seja excluída da sucessão, ou seja, que não receba nada da herança do empresário.
A defesa de Ana Claudia afirma que as filhas moram com a avó materna, mas a avô paterna é quem entrou com a ação.
O advogado afirma que o Código Civil prevê que sejam excluídos os autores e coautores de homicídio doloso da herança, mesmo que fosse "cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente".
Segundo a ação, Ana Cláudia Flor está desfazendo dos bens de Toni Flor. A mãe do empresário citou que uma casa do casal está a venda e afirmou que um carro do casal foi vendido por ela. No entanto, ela nega e diz que o veículo foi furtado no Rio de Janeiro, durante a festa de réveillon de 2021.
Ana Cláudia Flor confessou em depoimento à Justiça em 24 de fevereiro, que pagou R$ 60 mil para matar o marido.
Segundo a empresária, a encomenda do crime foi feita porque ela teria sido agredida pelo marido, nova versão apresentada do fato. Destacou que Toni teria feito ameaças a uma das filhas do casal. Então, a mulher procurou por Igor Espinosa e o contratou para executar o marido.
Ela afirmou ao juiz Flavio Miraglia Fernandes que encomendou o crime depois de uma briga, mas que depois se arrependeu. Porém, o marido foi executado.
Depois do crime, Ana Cláudia Flor disse que passou a ser cobrada e fez o pagamento pelo crime em um posto de gasolina, em frente à Rodoviária de Cuiabá.