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DESEMPREGO

Data: Quinta-feira, 17/08/2017 10:25
Fonte: Andria Molina

 

 

Mercado tem 26,3 milhões de trabalhadores subutilizados, diz IBGE

“São Paulo, querendo ou não, tem um efeito ‘farol’. Em processos de crise, já observamos que quando São Paulo começa a apresentar sinais de recuperação, logo em seguida estes sinais se disseminam nas outras regiões”

Azeredo destacou que a taxa de desocupação apresentou queda em 11 das 27 UFs analisadas pelo IBGE. Em outras 14, a taxa ficou estável. Somente Rio de Janeiro e Pernambuco apresentaram aumento da taxa de desocupação.

“O Rio de Janeiro teve uma taxa de ocupação estável e um aumento de 114 mil desocupados. Hoje, o Rio tem 1,3 milhão de desocupados, um aumento de quase 10% em relação ao trimestre anterior”, destacou o pesquisador.

Já em Pernambuco, Azeredo chamou a atenção para o fato de que houve uma queda de 10,6% no número de postos de trabalho com carteira assinada. Isso significa que no primeiro semestre do ano, 117 mil trabalhadores perderam o emprego formal no estado.

“Essa queda se deu principalmente no grupamento da agricultura. No ano, chegou a reduzir em 22% o número de carteira de trabalho neste setor”, enfatizou o pesquisador. Questionado sobre o motivo que levou a esse efeito no setor agrícola justamente num ano em que o país registra super safra, Azeredo disse que o levantamento do IBGE não foi capaz de apontar. “Precisamos investigar melhor este movimento”.

 

Cai a diferença na desocupação entre homens e mulheres

 

A PNAD mostrou que houve significativa diminuição da diferença da taxa de desocupação entre homens e mulheres ao longo da série histórica da pesquisa. No primeiro trimestre de 2012, a diferença era de 10 pontos percentuais. No segundo trimestre deste ano a diferença foi de apenas 0,6%.

Isso não mostra que a situação das mulheres está melhor ou que elas não estejam perdendo emprego, segundo o IBGE. As mulheres ainda são maioria na população de desocupados. O que acontece é que os homens estão perdendo mais emprego que elas, principalmente por causa do efeito da crise econômica no setor da construção”, ponderou Cimar Azeredo.

População empregada e rendimento

 

A população ocupada no 2º trimestre de 2017, estimada em 90,2 milhões de pessoas, possuía 68,0% de empregados (incluindo domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao das demais regiões.

No 2º trimestre, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59,0%) tinham as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2016, essa proporção havia sido de 33,2%.

Tanto o rendimento médio real (R$ 2.104) de todos os trabalhos quanto a massa de rendimento médio real (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no 2º trimestre de 2017.