A Justiça de São Paulo concedeu liberdade condicional à Elize Matsunaga, condenada por matar o marido, o empresário Marcos Mastunaga, em 2012. A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que o alvará de soltura foi cumprido no final da tarde desta segunda-feira (30).
"A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (30), às 17h35, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé deu cumprimento ao Alvará de Soltura em favor da presa Elize Matsunaga, em virtude de Livramento Condicional", disse a SAP, em nota.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, Elize deixa o presídio sem a necessidade de usar tornozeleira eletrônica. A saída ocorre poucos dias após o assassinato completar dez anos, em maio.
Desde março de 2021, Elize poderia cumprir em liberdade o restante da pena de 16 anos e três meses pelo assassinato. Ela aguardava a realização de um exame criminológico com um psiquiatra.
A pena inicial foi de mais de 19 anos. Na penitenciária, no entanto, Elize fez os cursos disponíveis e leu livros para reduzir o tempo da pena no cárcere. Além disso, trabalhou oito horas por dia na oficina de costura, função pela qual recebia um salário de, no mínimo, três quartos do salário mínimo.
Marcos Matsunaga foi morto dentro do apartamento em que morava com a mulher e a filha do casal. Elize foi flagrada carregando três malas pelas câmeras de segurança. As partes do corpo foram colocadas em sacos plásticos e jogadas na beira de uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo, em um raio de 4 km.
Após o crime, ela chegou a enviar um falso e-mail à família Matsunaga afirmando que Marcos tinha fugido com uma amante. A verdade veio à tona dias depois com o encontro do corpo e o reconhecimento pelo irmão da vítima. Elize acabou confessando o crime e relatou que matou o marido durante uma briga, após descobrir que ele tinha uma amante.
Elize foi condenada por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel), além de destruição e ocultação de cadáver.