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Justiça dá liberdade condicional a Elize Matsunaga, que deixa prisão

Condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em 2012, ela estava presa em Tremembé, no interior de SP

Data: Segunda-feira, 30/05/2022 18:58
Fonte: Do R7

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade condicional à Elize Matsunaga, condenada por matar o marido, o empresário Marcos Mastunaga, em 2012. A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que o alvará de soltura foi cumprido no final da tarde desta segunda-feira (30). 

"A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (30), às 17h35, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé deu cumprimento ao Alvará de Soltura em favor da presa Elize Matsunaga, em virtude de Livramento Condicional", disse a SAP, em nota.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, Elize deixa o presídio sem a necessidade de usar tornozeleira eletrônica. A saída ocorre poucos dias após o assassinato completar dez anos, em maio. 

Desde março de 2021, Elize poderia cumprir em liberdade o restante da pena de 16 anos e três meses pelo assassinato. Ela aguardava a realização de um exame criminológico com um psiquiatra.

A pena inicial foi de mais de 19 anos. Na penitenciária, no entanto, Elize fez os cursos disponíveis e leu livros para reduzir o tempo da pena no cárcere. Além disso, trabalhou oito horas por dia na oficina de costura, função pela qual recebia um salário de, no mínimo, três quartos do salário mínimo.

O crime

Marcos Matsunaga foi morto dentro do apartamento em que morava com a mulher e a filha do casal. Elize foi flagrada carregando três malas pelas câmeras de segurança. As partes do corpo foram colocadas em sacos plásticos e jogadas na beira de uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo, em um raio de 4 km.

Após o crime, ela chegou a enviar um falso e-mail à família Matsunaga afirmando que Marcos  tinha fugido com uma amante. A verdade veio à tona dias depois com o encontro do corpo e o reconhecimento pelo irmão da vítima. Elize acabou confessando o crime e relatou que matou o marido durante uma briga, após descobrir que ele tinha uma amante.

Elize foi condenada por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel), além de destruição e ocultação de cadáver.