A polícia investiga as circunstâncias da morte de um casal encontrado, nessa segunda-feira (25), dentro da própria casa em Glória d'Oeste, a 304 km de Cuiabá. Segundo delegado responsável pelo caso, Jean Paulo Nascimento, entre as linhas de investigação está feminicídio seguido por suicídio.
A hipótese de roubo, apresentada inicialmente, conforme o delegado, foi descartada porque os policiais não encontraram nenhum indício de invasão e as câmeras de segurança foram desligadas horas antes do crime.
Suelen Augusto Silveiro de Oliveira era fonoaudióloga autônoma e Dimilton Carvalho, dono de um posto de combustíveis. Ambos tinham 40 anos.
Ainda de acordo com o delegado, Suelen foi encontrada deitada na cama com um tiro na cabeça, próximo da nuca. Já o marido foi encontrado em uma posição característica de suicídio, segundo Nascimento.
"O local estava bem característico para suicídio, como posição da arma, massa encefálica no teto e atrás dele, tiro no queixo. A coronha da arma quebrou ao bater ao solo. De início, não foi possível notar lesões de luta", afirmou.
A polícia foi acionada pelo irmão do empresário durante a manhã, após ter ouvido um áudio dele enviado durante a madrugada dizendo que a casa estava sendo roubada.
Segundo o delegado, não havia nenhum sinal de luta ou invasão.
"Nenhum dos portões de acesso estava violado. Não havia sinais de que alguém tivesse pulado o muro. A residência é cercada de câmeras e não tem cerca elétrica. Por volta das 20h, as câmeras foram desligadas manualmente", explicou.
De acordo com o delegado, dois quartos da casa estavam parcialmente revirados, porém, nenhum pertence foi levado.
"Não foram subtraídos bens, até porque havia uma quantidade significativa de dinheiro na cozinha, que não foi levado. O quarto tinha vários cheques e no closet da vítima, joias que também não foram levadas", contou.
Segundo o delegado, a investigação aguarda uma análise da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
"Ainda é cedo para cravar algo. Temos que esperar o laudo da Politec, toxicológico, local do crime, necropsia e ouvir os familiares. Trabalhamos com várias hipóteses e vamos eliminando no decorrer da instrução do inquérito", explicou.