O tribunal do júri condenou Jackson Furlan, 32 anos, pelo assassinato da agrônoma Júlia de Souza Barbosa, 28 anos. A vítima estava no interior de um veículo, quando foi atingida por um tiro, na madrugada de 9 de novembro de 2019.
Jackson foi levado a julgamento nesta quinta-feira e a sessão terminou há pouco, depois de várias horas. O Ministério Público, ao final, pediu a condenação por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. Já a defesa pediu a condenação do réu por homicídio simples, entendendo que o crime foi motivado por uma discussão entre Jackson e o namorado da vítima.
Por maioria, os jurados entenderam que houve o crime de homicídio qualificado contra a agrônoma e indicaram que não ocorreu a tentativa de homicídio contra o namorado dela. Desta forma, coube à juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano calcular a pena, que foi fixada em 16 anos de reclusão, em regime fechado.
A juíza ainda determinou que Jackson deverá continuar na cadeia. Ele está preso desde 2019 e já conseguiu a remissão de 255 dias da pena, por estudar e trabalhar na prisão. Furlan ainda pode recorrer da sentença.
De acordo com a apuração feita pela Polícia Civil, Júlia estava com o namorado na casa de amigos, quando o casal decidiu ir embora. No caminho, a pedido da agrônoma, o casal foi até a conveniência de um posto de combustíveis, situado na avenida Natalino Brescansin, região central de Sorriso. Na sequência, seguiu na caminhonete Toyota Hillux para dar um último passeio, antes de retornar para casa.
No percurso, um VW Gol preto passou a andar devagar pela via, fazendo com que o veículo em que estava o casal também reduzisse a velocidade. Naquele momento, Furlan, também conduzindo uma caminhonete, aproximou-se e começou a buzinar, forçando passagem pela via estreita e que possui fluxo lento.
O veículo onde estava a vítima seguia em velocidade reduzida, o que, segundo a polícia, enfureceu o suspeito, que estava embriagado. Ele passou a seguir o veículo do casal, que tentou fugir pelas ruas da cidade. Próximo ao Hospital 13 de Maio, na avenida Brasil, o homem disparou contra a caminhonete do casal.
O projétil transfixou o vidro traseiro do veículo e atingiu a vítima, que foi socorrida pelo namorado e levada até um hospital próximo. Entretanto, mesmo com atendimento imediato da equipe médica, a engenheira não resistiu ao ferimento. Júlia morava no interior do Paraná e estava em Sorriso visitando o namorado.
O acusado teve a prisão preventiva cumprida no dia 10 de novembro de 2019, quando se entregou na delegacia municipal acompanhado de advogados. Ele segue no centro de ressocialização de Sorriso.