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Vladimir Putin assina decreto que oficializa anexação de quatro regiões da Ucrânia

Decisão ocorre horas depois de Volodmir Zelenski garantir a retomada de regiões após ofensivas ucranianas

Data: Quarta-feira, 05/10/2022 09:28
Fonte: Do R7, com informações de AFP e Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta quarta-feira (5) a lei sobre a anexação de quatro regiões ucranianas e os decretos que nomeiam formalmente os líderes que Moscou já havia estabelecido lá. Essa é a maior expansão do território russo em pelo menos meio século.

"O presidente russo, Vladimir Putin, assinou quatro leis constitucionais federais sobre a entrada das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, regiões de Zaporizhzhia e Kherson na Federação Russa", disse a câmara baixa do parlamento.

 

A Rússia declarou as anexações depois de realizar o que chamou de referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Governos ocidentais e Kiev disseram que os votos violaram a lei internacional e foram coercitivos e não representativos.

As áreas que estão sendo anexadas não estão todas sob controle das forças russas. A reivindicação total da Rússia equivale a cerca de 18% do território ucraniano, embora as fronteiras exatas ainda devam ser demarcadas.

Resistência

Apesar da decisão de Putin, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, destacou os avanços de seu Exército e anunciou a reconquista de dezenas de localidades tomadas pelos russos, ao mesmo tempo que agradeceu ao presidente dos Estados Unidos pela entrega de novas armas.

O Exército da Ucrânia faz "avanços bastante rápidos e potentes no sul do nosso país", afirmou ele em sua intervenção diária nas redes sociais, e citou oito localidades retomadas pelas forças de Kiev na região de Kherson, de onde o Exército russo se retirou, segundo mapas apresentados pelo Ministério da Defesa da Rússia.

Zelenski também agradeceu ao presidente Joe Biden por seu "apoio militar contínuo", crucial nessa grande contraofensiva, depois que Washington anunciou um novo envio de ajuda militar a Kiev de 625 milhões de dólares, que inclui quatro novos lançadores de mísseis Himars.