A Ucrânia reivindicou nesta quarta-feira (5) avanços militares na região de Lugansk (leste), até agora controlada quase por completo pela Rússia.
"Agora é oficial. A desocupação da região de Lugansk começou. Várias cidades já foram libertadas do exército russo e as Forças Armadas ucranianas estão hasteando a bandeira ucraniana", disse o governador ucraniano da região, Serguei Gaidai, no Telegram.
O exército ucraniano conquistou nas últimas semanas avanços importantes no norte da região de Kherson (sul do país) e recuperou quase toda a região de Kharkiv (nordeste).
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou na terça-feira (4) que apenas esta semana as tropas do país libertaram "dezenas de localidades" nas quatro regiões que a Rússia anexou (Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia).
Ao mesmo tempo, a Rússia prometeu recuperar os territórios reconquistados por Kiev dentro das regiões ucranianas anexadas por Moscou e insistiu que estas áreas serão russas "para sempre".
Estes "territórios serão recuperados e continuaremos consultando a população (local) sobre seu desejo de viver na Rússia", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O porta-voz foi questionado sobre as fronteiras exatas das regiões anexadas, onde as forças russas abandonaram algumas localidades após as contraofensivas ucranianas.
"Estes territórios serão para sempre da Rússia, serão recuperados", insistiu Peskov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta quarta-feira a lei de anexação das regiões de Donetsk, Lugansk (leste da Ucrânia) Kherson e Zaporizhzhia (sul) como partes da Federação Russa.
Os quatro territórios criam um corredor terrestre crucial entre a Rússia e a península da Crimeia, que foi anexada por Moscou em 2014. As cinco regiões representam quase 20% da Ucrânia. Porém, as forças russas não têm controle total sobre Kherson e Zaporizhzhia. Moscou não informou quais áreas desta regiões foram anexadas.