O ativista Ales Bialiatski, de Belarus, a organização internacional russa pelos Direitos Humanos Memorial e a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis ganharam o Nobel da Paz de 2022 nesta sexta-feira (7).
"Eles fizeram um esforço impressionante para documentar crimes de guerra, violações de direitos humanos e abusos de poder. Juntos, demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia", disse à imprensa Berit Reiss, presidente do comitê norueguês do Nobel.
Bialiatski atualmente está preso em Belarus por sua atuação e oposição ao presidente Aleksandr Lukashenko, um dos principais aliados de Vladimir Putin na guerra contra a Ucrânia.
Após fazer o anúncio, os organizadores do Nobel pediram às autoridades de Belarus para que libertem Biliatski.
"Nossa mensagem é para pedir às autoridades bielorrussas que libertem Bialiatski, e esperamos que isso aconteça e que ele possa vir a Oslo receber o prêmio", disse Berit Reiss-Andersen, presidente do comitê do Nobel. "Mas há milhares de presos políticos em Belarus, e temo que meu desejo não seja muito realista."
O Comitê afirmou que a premiação não é contra Putin, que completa 70 anos nesta sexta, mas pediu que ele interrompa a repressão de ativistas.