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UFMT teme colapso após cortes anunciados por Bolsonaro

Data: Sexta-feira, 07/10/2022 11:30
Fonte: Elayne Mendes Gazeta Digital

Professores, servidores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) temem pelo futuro da instituição diante do último corte orçamentário anunciado pelo governo federal. Representantes da comunidade estudantil destacam que a instituição já vem funcionando no limite, desde o ano passado, quando ocorreu o primeiro bloqueio de verba. Maior preocupação é com os estudantes em situação de vulnerabilidade social, que dependem de bolsas de auxílio e serão afetados pelo contingenciamento.  

O decreto federal publicado no dia 30 de setembro deste ano determina um corte de 5,8% do orçamento do Ministério da Educação nos próximos dias, o que significa R$ 328,5 milhões. Conforme o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Fonseca, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano (7,2%), chega a um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano. “Contingenciamento é comum, acontece em todos os governos. O que não é comum é este ser realizado no fim do ano comprometendo todo o funcionamento das universidades”.  

Diretor geral em exercício da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Leonardo Santos destaca que os cortes na educação superior vem sendo discutidos corriqueiramente entre os professores e demais integrantes da comunidade estudantil. E que apesar da reitoria afirmar que não afetarão o funcionamento da instituição, reflexos do escalonamento da redução orçamentária já são percebidos. “Esses cortes fazem com que não sejam garantidos o bom serviço de iluminação, segurança, limpeza. Impede a troca e manutenção de ar-condicionado, data show, participação dos docentes em congressos, e até aquisição de material para xerox. Sem contar as bolsas destinadas à pesquisa e extensão”.    

 Santos frisa que a UFMT se encontra em uma situação dramática e diante de mais este contingenciamento, a categoria deve se mobilizar nos próximos dias.