O presidente interino da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), João Flávio Barbosa Sales, diz ter sido impedido de trabalhar nesta quinta-feira (15) e registrou um boletim de ocorrência por causa da situação.
João Flávio assumiu a presidência da instituição na quarta-feira (14) após o afastamento do então presidente, Hermes Martins da Cunha, e do tesoureiro da entidade, investigados por supostos atos de improbidade.
A decisão foi tomada em assembleia. Foram oito votos a favor e sete contrários ao afastamento.
“Hoje é nosso primeiro dia e estamos juntos com a nossa equipe, com os conselheiros e empresários que estiveram na votação e fomos impedidos de trabalhar”, afirmou João Flávio.
Em nota, a Fecomércio informou que a assembleia extraordinária que afastou o presidente da instituição, só poderia ocorrer se, no mínimo, 2/3 dos conselheiros assinassem um requerimento, o que não foi cumprido. Dessa forma, o resultado da votação não pode ser validado e, por isso, o presidente continua no cargo.
Antes da sessão que decidiu o afastamento, houve tumulto e confusão e um advogado disse ter sido agredido por um funcionário que tentava impedir a votação.
Segundo o advogado Marilton Casal, que é advogado do presidente interino, ele e um colega foram agredidos na entrada por um funcionário.
"Tentaram impedir a votação, mas não conseguiram. Trancaram a sala de reunião, onde normalmente é feita a votação, e por causa disso a votação está sendo realizada no saguão de entrada do prédio (da Fecomércio)", afirmou.
A acusação é de que Hermes e o tesoureiro estejam negando os conselheiros o acesso a documentos sobre gastos, a contratos e a cheques utilizados em suposta lavagem de dinheiro.