O bebê de seis meses, que levou um tiro quando bandidos invadiram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, continua internado nesta quinta-feira (15) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).
Segundo a unidade, o bebê procurou atendimento na UPA porque estava com pneumonia no dia em que a mãe dele, também baleada.
Cinco pessoas foram baleadas na UPA Morada do Ouro, na capital, durante o resgate de um preso que era atendido na unidade, na tarde de terça-feira (13). Os criminosos tentaram resgatar o preso e houve confronto com agentes penitenciários.
O bebê levou um tiro no abdômen e a bala ficou alojada nas costas. A mãe do bebê e uma enfermeira, que foram baleadas, receberam alta médica na quarta-feira (14).
No caso do bebê, os médicos tratam a pneumonia e constaram uma melhora na saúde da criança. Os médicos aguardam mudanças no quadro clínico do bebê para fazer a retirada da bala das costas dele.
Outra pessoa que foi baleada, uma mulher, levou um tiro nas costas e está em uma UTI do PSMC. Um agente penitenciário, também baleado, tinha previsão de liberação na quarta-feira, mas continua internado no Pronto-Socorro.
Nas paredes da UPA têm marcas de tiros por todos os lados. A polícia encontrou no local 13 cápsulas de balas.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou durante entrevista coletiva, na quarta-feira (14), que as regras para o atendimento de um detento numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) não foram seguidas.
Em nota, a Secretaria Estadual de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh-MT) alegou que todos os procedimentos previstos no Manual Operacional Padrão do Sistema Penitenciário foram seguidos pela equipe que fez a escolta do preso.
Segundo o prefeito, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e a UPA não foram avisadas do deslocamento do preso.
De acordo com a Sejudh, o detento José Edmilson Bezerra Filho, de 30 anos, que recebia atendimento na unidade, não chegou a ser resgatado.
Ele responde a vários processos judiciais, entre eles, homicídio.
O preso precisou ser levado ao local por falta de atendimento médico em unidades prisionais e presídios em feriados ou finais de semana.