O Partido Novo suspendeu a filiação do empresário João Amoêdo. De acordo com a legenda, a suspensão se deve a um processo disciplinar por possíveis violações estatutárias. Em nota, o partido disse que decidiu suspender Amoêdo liminarmente, "até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias." A nota diz ainda que "o processo segue seu curso respeitando rigorosamente as determinações Estatutárias e o pleno direito de defesa."
Amoêdo foi o candidato no Novo nas eleições presidenciais de 2018 e, para o segundo turno do pleito deste ano, declarou voto no candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de ter liberado os filiados para se posicionarem como quiserem nessa eleição, o Novo é crítico ao PT e a Lula. Com isso, a declaração de voto de Amoêdo não foi bem recebida pelo partido, que tem entre seus principais nomes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Deputado federal pelo Novo, Marcel van Hattem (RS) afirmou pelas redes sociais que a Comissão de Ética do partido suspendeu Amoedo por "risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo".
"O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º.
A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados.
O processo na CEP segue seu curso respeitando rigorosamente as determinações Estatutárias e o pleno direito de defesa."