O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse em entrevista neste domingo (30) que o Brasil entra em um "novo ciclo de união e responsabilidade dos mandatários". Ele falou com jornalistas cerca de duas horas depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou o resultado da eleição presidencial
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), e foi eleito para um terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto.
"O que fica ao final disso é um balanço muito positivo, mas com uma clara divisão da sociedade brasileira, expressada por votações quase simétricas. Agora, o papel dos novos mandatários é o de buscar reunificar o Brasil", disse.
Na entrevista, o senador também disse que é preciso dar um "basta ao ódio" e que Lula deverá "governar para todos". "Temos um país diverso, e o exemplo do mandatário e das instituições é necessário para que o Brasil possa se unir novamente", comentou.
Segundo Pacheco, o presidente eleito deve ter governabilidade no novo mandato e vai encontrar um "Congresso Nacional pronto para que os projetos de interesse nacional sejam apreciados, sempre com critério, juízo crítico, independência, mas com espírito de colaboração".
O presidente do Senado disse ainda que não havia entrado em contato com os presidenciáveis, mas que ainda vai falar com os dois. "Devo fazer contato com ambos [Lula e Bolsonaro]. Inquestionável que o presidente Jair Bolsonaro é um líder nacional. A sua postura vai contribuir para processo de pacificação do Brasil", afirmou. Pacheco também disse acreditar que Bolsonaro vai reconhecer que as eleições são "inquestionáveis".
Mais cedo, Pacheco esteve na sede do TSE, ao lado de outras lideranças, para a coletiva de imprensa de Alexandre de Moraes, presidente da Corte. Ao falar sobre Moraes, disse que a Justiça Eleitoral preveniu que a "insegurança jurídica prejudicasse as eleições". Ele também reafirmou a confiabilidade das urnas eletrônicas.