O governo brasileiro negou a extradição do ex-jogador do Santos, Milan e seleção brasileira Robinho para a Itália, de acordo com a Ansa (Agência Italiana de Notícias). Condenado a nove anos de cadeia por violência sexual, Robinho não será extraditado porque o governo brasileiro se baseou no artigo 5 da Constituição Federal, que veta a extradição de brasileiros a outros países.
No entanto, Robinho poderá ser obrigado a cumprir a pena aqui no Brasil.
O Ministério da Justiça da Itália solicitou, no começo de outubro, que o ex-jogador fosse levado de volta ao país para cumprir a pena. O pedido ocorreu quase nove meses depois de Robinho ter sido condenado num tribunal italiano.
Robinho e um amigo foram condenados pelo estupro de uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, que tinha 22 anos de idade na época do crime. Na ocasião, Robinho estava numa boate em Milão com cinco amigos e se juntou ao grupo depois que a mulher dele foi embora.
A acusação conseguiu comprovar, durante o julgamento, que Robinho e os amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". A reconstrução do crime, feita pelo Ministério Público, mostrou que o grupo levou a garota para um camarim e aproveitou do estado de embriaguez para praticar "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".
Os outros quatro suspeitos não foram localizados pela Justiça da Itália e não foram processados.