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Desiludido, abalado. O Flamengo tem a difícil missão de reanimar Gabigol. Depois de Tite virar as costas ao maior artilheiro pós-Copa

Nenhum brasileiro marcou mais gols depois do fracasso da seleção na Rússia. Foram 151 gols. Neymar, o segundo, fez 87. Decisivo nas Libertadores de 2019 e de 2022, tinha certeza que iria ao Mundial. Está abalado

Data: Terça-feira, 08/11/2022 16:56
Fonte: Do R7

A sensação na Gávea foi quase como perder um título.

 A não convocação de Gabigol para a Copa do Mundo trouxe desalento à diretoria, a Dorival Júnior, ao elenco.

E, lógico, ao principal interessado: o jogador.

O atacante estava muito confiante porque acredita que "se reinventou" como atleta de futebol.

Com nutricionista, preparador físico particulares, ele está no auge de sua forma física, aos 26 anos.

Dentro de campo, Dorival Júnior mostrou que poderia ser muito mais útil ao time, jogando um pouco mais atrás, partindo com a bola dominada entre os lados e o meio da defesa adversária. Entrando, lógico, quando quisesse, na área, para fazer o que melhor sabe: gols.

Aliás, nenhum brasileiro marcou mais gols do que Gabigol depois do fracasso da seleção na Copa do Mundo da Rússia.

Foram nada menos do que 151 gols. O segundo colocado é Neymar, com 87.

Gabigol marcou quatro gols em três finais de Libertadores e se tornou o brasileiro com maior número de gols na competição. Na história.

Campeão da Copa do Brasil e da Libertadores, reconhecido pela imprensa esportiva brasileira pela excelente temporada e como o segundo maior ídolo do Flamengo, clube mais popular do Brasil, só atrás de Zico, ele esperava ter a chance de disputar a Copa do Mundo.

De acordo com jornalistas do Rio de Janeiro, foi um baque. Não estar na lista de nove atacantes, que marcaram muito menos gols que ele, desde a Rússia, foi uma situação muito difícil.

E que ele até evitou se manifestar nas redes sociais.

Após o anúncio da escolha de Tite, Gabigol se conformou em publicar a homenagem que o Congresso fez ontem, tornando o hexacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, cidadão hononário brasileiro.

Nem uma palavra sobre futebol, seleção, Tite, nada.

Aliás, repórteres ligados à comissão técnica brasileira trataram de divulgar os supostos motivos que levaram o treinador a virar as costas ao atacante flamenguista.

O principal deles está exatamente na mudança tática que Dorival Júnior fez para que ele encaixasse seu futebol com o de Pedro.

Tite não estaria precisando de um definidor que jogue pelos lados do campo sem ser um velocista. A movimentação de Gabigol em diagonal, das pontas para o meio, atrapalharia, por exemplo, Raphinha, Richarlison, Vinícius Júnior. E até mesmo Neymar.

O principal esquema da seleção brasileira não supõe um jogador fixo na frente, como joga o Flamengo, com Pedro. Tanto que o companheiro de Gabigol foi convocado como um reserva, que pode ser usado quando a dificuldade exigir um cabeceador. Ou um pivô.

Dorival Júnior, conciliador que é, vai explorar o fato de Gabigol ter "apenas" 26 anos para consolá-lo. Lembrar que, assim como Neymar, poderá estar na Copa de 2026, nos Estados Unidos. Basta manter o foco na carreira.

O treinador sabe muito bem quanto seu atacante é temperamental. E precisará de apoio para suportar a decepção.

A direção do Flamengo sente nos cofres a desilusão.

O atacante tem multa rescisória de 40 milhões de euros, cerca de R$ 202 milhões. O site especializado em transações Transfermarkt avalia o atleta em 24 milhões de euros, cerca de R$ 121 milhões.

Há a inevitável desvalorização com a não ida para a Copa do Mundo.

Gabigol recebeu o apoio dos companheiros, e até de Pedro, por não estar na lista de Tite.

Há preocupação generalizada na sua reação, já que o Flamengo disputará o Mundial de Clubes, no início de 2023. Que deverá acontecer entre fevereiro e março. E tem os Estados Unidos muito interessados em sediá-lo, já para começar a criar o clima para a Copa de 2026.

Gabigol havia acabado de receber a "autorização" de Zico e passará a usar a camisa 10 do Flamengo, no próximo ano, com a despedida do futebol de Diego Ribas.

Estava animado com sua participação musical como Lil Gabi, seu alter ego, cantor.

Só faltava a convocação para a Copa do Mundo.

Ela não veio.

E o jogador terá de encarar a realidade.

Foi um baque não só para ele.

Mas também para todo o Flamengo.

O sentimento de revolta domina a direção do clube.

Mas ninguém poderá fazer nada.

A escolha, ou o desperdício, foi de Tite...