O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), assinou nesta terça-feira (8) a portaria que institui o gabinete de transição governamental do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, Alckmin anunciou os primeiros integrantes do governo de transição. O vice-presidente eleito é o coordenador-geral da equipe.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), ficará a cargo da articulação política. O ex-deputado federal Floriano Pesaro (PSB) será o coordenador executivo do gabiente de transição. Já o ex-ministro Aloizio Mercadante será o coordenador de 31 grupos técnicos que trabalharão no governo de transição.
Os grupos técnicos foram divididos em áreas temáticas: agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo; cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa; desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia; educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços; infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão; povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho; transparência, integridade e controle; e turismo.
Nesta terça, Alckmin anunciou que farão parte do grupo técnico de economia André Lara Resende, Guilherme Melo, Nelson Barbosa e Pérsio Arida. O vice-presidente eleito também informou os nomes do grupo de assistência social, que será composto por Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campelo e André Quintão.
Alckmin comentou que vai divulgar nos próximos quem fará parte dos demais grupos técnicos. Segundo ele, cada grupo terá até quatro integrantes na coordenação. "Amanhã a gente divulga outros nomes, que poderão convidar outras pessoas. Professores, sociedade civil, lideranças políticas. Esse é um trabalho de 50 dias, buscando informação, continuidade de serviços públicos, transparência regida por lei e pautada no serviço público", disse.
O governo de transição terá, ainda, um conselho político, constituído por representantes dos dez partidos da coligação feita por Lula para concorrer no pleito deste ano (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir e PROS), além de PDT e PSD, que entraram em acordo com a equipe de Lula após a vitória dele no segundo turno.
Os integrantes do conselho serão José Luiz Penna, presidente do PV; Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade; Daniel Tourinho, presidente do Agir; Wolney Queiroz, deputado federal do PDT; Felipe Espirito Santo, integrante da direção do Pros; Carlos Siqueira, presidente do PSB; Wesley Diógenes, porta-voz da Rede; Luciana Santos, presidente do PCdoB; Juliano Medeiros, presidente do PSOL; Guilherme Ítalo, da direção do Avante; e Antônio Brito, deputado federal pelo PSD.
Os membros da equipe de transição devem ter acesso às diversas informações relacionadas às contas públicas, aos programas e projetos, entre outros tópicos. O grupo será formado por até 50 pessoas, que assumem os cargos especiais de transição governamental (CETG).
A princípio, as pessoas que forem escolhidas para o governo de transição não devem ser nomeadas para ministérios quando Lula assumir. "O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com o governo. Podem participar, não participar. São questões obstantes, distintas", disse Alckmin.