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Italiana com mais de 100 anos se torna a doadora de órgão mais velha do mundo

Em Florença, a senhora teve morte cerebral após hemorragia no cérebro, e o fígado dela estava em bom estado para doação

Data: Sexta-feira, 11/11/2022 14:30
Fonte: Do R7

Um transplante inédito no mundo foi realizado em um hospital na cidade de Florença, na Itália. Lá, o fígado de uma mulher de 100 anos, 10 meses e 1 dia foi explantado e, então, transplantado para uma pessoa que estava na lista de espera, que vivia na cidade de Pisa.

Foi a primeira vez que isso aconteceu na história da medicina, já que não há registros. na literatura científica, de que uma pessoa com mais de 100 anos tenha salvado a vida de uma mais jovem ao morrer.

 "Internacionalmente, não houve doações de órgãos sólidos de pessoas que morreram além do século de vida, apenas de algumas amostras de tecidos raros, como córneas", confirma o diretor do Centro Nacional de Transplantes da Itália, Massimo Cardillo.

A idosa chegou ao hospital com hemorragia cerebral, que causou sua morte cerebral imediatamente após ela ter dado entrada para o tratamento. Seus filhos autorizaram que os órgãos da mulher fossem avaliados para um possível transplante. Após a análise, foram feitos a remoção e o transporte, e o implante do fígado aconteceu normalmente.

O fígado foi retirado com a autorização da coordenação do Centro Regional de Transplantes da Toscana e do Centro Nacional de Transplantes, depois que foi considerado adequado. A cirurgia foi feita com sucesso.

Anteriormente, a doadora de órgãos mais velha registrada na Itália era uma mulher de 97 anos e 7 meses, no fim de outubro. Esse caso seguiu quatro outras retiradas de idosos de 97 anos, feitas em 2003, 2008, 2018 e 2019.

O diretor do hospital de Pisa, Paolo De Simone, após a cirurgia, afirmou que o paciente recebeu bem o novo órgão.

"Esse transplante foi realizado após terem sido implementados todos os procedimentos necessários para garantir a máxima segurança do receptor, em todas as etapas do processo de cuidado pré e pós-transplante, assegurado por todas as nossas estruturas envolvidas. Após avaliação criteriosa das características clínicas do doador, procedeu-se à verificação histológica da qualidade do órgão, utilizando também perfusão hipotérmica para proteger o fígado de quaisquer complicações pós-transplante. A operação foi bem-sucedida, e o paciente está em boas condições."