O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou, que atos de violência e vandalismo registrados em Mato Grosso seriam de 'infiltrados' nas manifestações que pedem a anulação das eleições deste ano. Apesar de acusar 'inimigos' no movimento contra Lula, Pivetta não justificou o embasamento de sua afirmativa, nem apresentou provas sobre os invasores.
Os bloqueios e fechamento de comércio começaram logo após resultado das urnas que deu vitória a Lula (PT) como novo presidente da República. Em um segundo momento de protestos, iniciado na semana passada, os militantes de direita adotaram comportamento mais agressivo, como constatou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com ataque a postos da Rota do Oeste, incêndio de caminhões e apredrejamento de veículos.
A declaração do vice foi dada durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (22) no Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso. "Me parece que não [são manifestantes], porque seria muito desinteligente por parte dos manifestantes fazer esse tipo de coisa. Isso tira a credibilidade do movimento. Pelo menos as informações que eu tenho, da nossa inteligência é que são deliquentes criminosos que se infiltraram no movimento. Agora eu não sei. Esta é a opinião que eu formei através das informações que eu tenho", disse Otaviano Pivetta.
A declaração é em referência aos ataques desde o último fim de semana, quando um posto da concessionário Rota do Oeste foi metralhada e uma ambulância queimada. Outros caminhões foram atacados em rodovias e queimados nos últimos dias.
Questionado sobre a demora para atitudes mais enérgica por parte das forças de segurança, Pivetta disse que ocorre por conta da mudança do perfil do movimento. "O movimento estava pacífico, estava ordeiro e no final de semana começou a ver atos criminosos, e o estado imediatamente agiu. Nós, ontem, prendemos os deliquentes que aterraram tudo, queimaram os caminhões", justificou.
Desde o início das manifestações o governo do Estado tem afirmado que é legítimo o movimento, mesmo que eles peçam a anulação das eleições. O governo só questiona o fechamento de estradas, que segundo ele, atinge o direito de ir e vir do cidadação.
O governador Mauro Mendes (União) e o vice foram reeleitos nas votações que estão sendo contestada pelos manifestantes. Ambos apoiaram o presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) nos dois turno em Mato Grosso.