A dentista L.T.V, 32 anos, presa após tentar atropelar manifestantes em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada no domingo (4), em Cuiabá, afirmou tentar passar pelo trecho na Avenida do CPA, mas que teria sido bloqueada e tido seu carro esmurrado por eles.
Ela negou que tivesse xingado as pessoas no local ou as provocado.
“Não houve intuito algum de promover o atropelamento dos manifestantes. Eu somente queria sair com o veículo da via pública, que estava sendo tumultuada pelas pessoas e que não permitiam que qualquer carro passasse por ali”, relatou.
“Eu estava indo levar minha amiga para casa. Não conheço aquele trecho e não sabia que ali era de manifestação. Quando vi já estava presa na multidão. Começaram a esmurrar o carro, fiquei assustada e só tentei tirar o carro dali o mais rápido possível”.
Segundo a dentista, o tumulto no local era tão intenso que ela não conseguiu ouvir a ordem de parada dos policiais militares. Diante disso, os agentes tiveram que atirar nos pneus do veículo.
“Fui no sentido de passar pela via pública apenas para retirar o carro dali. Os policiais atiraram contra meu carro para que eu parasse, mas os tiros eu sequer ouvi por conta da gritaria dos manifestantes”.
“O policial me abordou e me arrancou do carro e me arrastou até a viatura. Ele não me aguardou sair do carro de forma voluntária”.
Após ser algemada e levada à Central de Flagrantes, a dentista foi solta sob pagamento de fiança no valor de R$ 1.212.