O Brasil registrou 932.502 casamentos em 2021. O número corresponde a um salto de 23,2% na comparação com o ano de 2020, quando a quantidade de uniões civis recuou 26,1% devido às medidas de distanciamento adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus.
As Estatísticas do Registro Civil, apresentadas nesta quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a quantidade de uniões registradas em cartório cresceu em todas as grandes regiões brasileiras, com destaque para o Nordeste, com 27,8% matrimônios a mais do que em 2020.
Mesmo com o avanço, a quantidade de casamentos confirmados em 2021 não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia, de pouco mais de 1 milhão de registros anuais. Na avaliação do IBGE, as cerimônias voltaram a acontecer com mais frequência em razão das campanhas de vacinação e da flexibilização das medidas para contenção da Covid-19.
“Entre as possíveis causas da redução dos casamentos entre 2019 e 2020 devem ser consideradas as orientações sanitárias de distanciamento social, que inviabilizaram a realização de cerimoniais e fizeram com que muitos casais adiassem a decisão pelo casamento", avalia o IBGE.
O impacto da pandemia também é confirmado na análise mensal dos matrimônios nos últimos três anos. Em 2021, o aumento de registros se acentua a partir do mês de setembro. Desde 2019, o mês de dezembro se manteve como o preferido para a confirmação das uniões em cartório.
Nos casamentos civis entre cônjuges solteiros de sexos distintos, com 15 anos ou mais, a diferença média de idade no momento da união foi de, aproximadamente, dois anos. Segundo os dados, os homens se casaram, em média, aos 30,9 anos, e as mulheres, aos 28,5 anos.
Assim como os casamentos, a quantidade de divórcios apresentada pelas Estatísticas do Registro Civil também cresceu na passagem de 2020 para 2021. A alta de 16,8% foi resultado de 386.813 separações confirmadas em primeira instância.
Consequentemente, houve também uma elevação na taxa geral de divórcios e o número de rompimentos para cada 1.000 pessoas de 20 anos ou mais passou de 2,15‰ (2020) para 2,49‰ (2021).
As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram a maior variação da taxa de divórcio entre 2020 e 2021, de 25,5% e 16,3%, respectivamente. As separações judiciais concedidas nas duas localidades corresponderam a 77,5% de todos os divórcios do Brasil.
Em média, os homens se divorciaram em idade mais avançada que as mulheres em 2021. Na data da separação, a população do sexo masculino tinha, em média, 43,6 anos, enquanto as mulheres, 40,6 anos de idade. A mesma diferença entre as idades de homens e mulheres ao se divorciarem foi observada em 2020.
Em 2021 houve ainda uma diminuição no tempo de duração do casamento para 13,6 anos. Na média, desde 2010, o tempo médio entre a data do casamento e da sentença ou escritura do divórcio é de 16 anos.