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Em discurso no G20, Haddad afirma que desmatamento no Brasil acaba até 2030

Ministro também cobrou os países desenvolvidos pela execução dos compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris

Data: Sexta-feira, 24/02/2023 11:29
Fonte: Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo brasileiro vai acabar com o desmatamento no Brasil até 2030. A promessa foi feita durante o discurso dele no encontro do G20, que reúne os ministros das finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. O evento é sediado em Bangalore, na Índia.

"É fundamental que os países desenvolvidos cumpram os compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris e a ambição declarada em Glasgow e no Egito, incluindo o aumento de recursos para mitigação e adaptação. No caso brasileiro, gostaria de destacar o compromisso renovado do presidente Lula de acabar com o desmatamento até 2030", afirmou o ministro.  

Haddad defendeu reformas nos bancos multilaterais de desenvolvimento. Segundo ele, o governo brasileiro considera que essas instituições devem ser bem capitalizadas e flexíveis para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento de longo prazo e "taxas de juros adequadas".

 

Fala Brasil mostrou que o segundo país onde há mais espécies de árvores ameaçadas de extinção é o Brasil, e o grande vilão dessa tragédia ambiental é o desmatamento.

 

 

O Brasil é o país que tem a maior diversidade de fauna e flora do planeta, possuindo quase 9 mil espécies de árvores — quase a metade delas só existe em solo brasileiro. Porém, o aumento do desmatamento põe uma grande parte em risco.

Estima-se que 20% de todas as espécies de árvores que existem no Brasil sejam ameaçadas de extinção e correm o risco de nos próximos anos desaparecer.

A extinção de muitas árvores populares, como jacarandá-da-baía, jequitibá-branco, cerejeira, mogno, castanheiro-do-pará, entre outras, pode acontecer.

As árvores cortadas, por mais que sejam replantadas, não ajudam a diminuir o impacto na natureza, porque o resultado pode demorar anos para aparecer.

Os efeitos desse grande problema são refletidos nas mudanças climáticas das regiões em todo o país. Não é à toa que o estado de São Paulo está vivendo a terceira crise hídrica em menos de vinte anos.

O biólogo e professor de ecologia Márcio Werneck explica que o desmatamento da Floresta Amazônica prejudica o fenômeno conhecido como rios voadores. Com isso, o clima na região se torna mais seco e quente. Ele ressalta a importância das árvores para ter um clima úmido e chuvoso, e a colaboração delas para a existência de alguns animais..

 

O ministro disse ainda que o governo brasileiro está preocupado com os níveis de endividamento, principalmente entre os países mais pobres. "Ter mecanismos para uma reestruturação ordenada e oportuna é do interesse de credores e devedores [...]. O financiamento climático é mais caro e apresenta taxas de risco mais altas para esses países, o que dificulta o alcance das metas de redução de emissões de carbono", ponderou.

Brasil teve a sexta menor inflação entre os países do G20 em 2022

Com a queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos meses de 2022, o Brasil registrou a sexta menor inflação entre os países do G20 no ano passado, de acordo com levantamento da Austin Rating.

A inflação oficial de preços do Brasil encerrou 2022 com alta de 5,79% e furou o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, de acordo com dados divulgados na terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice é menor que o projetado para União Europeia (9,3%), Reino Unido (11,5%) e Estados Unidos (6,5%), além de ficar abaixo do aumento da Itália (11,6%) e da Alemanha (8,6%). A Espanha, com 5,8%, foi incluída no ranking, apesar de ter estatuto de convidada permanente no G20.