Foi realizado na manhã desta quinta-feira (2) na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, um ato de familiares e amigos do jovem Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, que morreu atropelado no local, próximo a uma distribuidora. Clamando por Justiça, eles também pediram leis mais rigorosas para os crimes de trânsito.
“É uma dor muito forte para [quem é] mãe, uma saudade eterna. Mas eu creio que a Justiça vai ser feita, eu confio na Justiça dos homens e eu confio na Justiça divina, eu sei que ela não vai escapar de tudo isso”, disse a mãe de Frederico, Laura Albuquerque.
Frederico foi atropelado no dia 2 de setembro de 2022 por Danieli Correa da Silva, que dirigia o carro de Diogo Pereira Fortes. Os dois estavam embriagados.
“É a primeira vez que eu volto aqui depois do acidente, é um impacto, uma emoção muito grande porque perder meu filho daquela forma foi muito triste. Frederico era um menino muito alegre, quem conheceu ele sabe do quanto de sonhos que ele alimentava, ele era feliz, ele vivia a vida intensamente, ele doava muito para os outros, era uma pessoa leal, era um menino muito bondoso, tinha um coração gigante”, lamentou Laura.
Danieli e Diogo já foram denunciados pelo Ministério Público, que pede que eles sejam submetidos a júri popular. A denúncia foi oferecida em novembro de 2022. A família pretende entrar como assistente de acusação no caso, quando a denúncia for recebida.
Daniele não tem habilitação e estava sob o efeito de álcool, o proprietário do automóvel, Diogo Pereira, que também estava bêbado, repassou a condução do veículo à amiga mesmo sabendo que não era habilitada, assumindo o risco de produzir o resultado morte. Também pesa contra os dois o excesso de velocidade. A perícia demonstrou que a acusada dirigia o veículo em uma velocidade aproximada de 90 km/h, 50% acima do permitido para o local, que é de 60 km/h.
“A gente está lutando por justiça, aguardando o juiz se pronunciar sobre o caso. O Ministério Público já denunciou por homicídio doloso, então a gente está aguardando o juiz se manifestar”, disse o pai de Frederico, o veterinário Glauco Corrêa da Costa.
A família também clama por leis mais duras para os crimes de trânsito, para que não haja mais o sentimento de impunidade com crimes trágicos como este.
“A gente está aguardando que se faça Justiça mais rapidamente porque não é pelo sentimento apenas só com o Fred, mas depois do Fred muitos Freds vieram durante esses seis meses pelo Brasil inteiro. A justiça é lenta, é falha, é morosa e muitas vezes não se faz Justiça, porque os criminosos estão soltos. [...] nós queremos que seja feita uma lei mais punitiva para as pessoas que não têm essa consciência no trânsito”, disse Silvia Albuquerque, tia e madrinha de Frederico.