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Ex-modelo teria sido incendiada e morta por esposa de traficante que estava com ciúme do marido

Micheli Andrade Ferraz acreditava que Aline conseguia drogas com o marido Paulo em troca de sexo e fez a emboscada

Data: Quinta-feira, 02/03/2023 10:30
Fonte: Do R7, com Record TV

Aline Laís Lopes, a ex-modelo de 35 anos, que foi brutalmente assassinada e teve o corpo incendiado, teria sido vítima de um ato de ciúmes de Micheli Andrade Ferraz, esposa do traficante Paulo Lamartine Pereira Alexandria. Ela acreditava que Aline estava tendo um caso com o seu marido. O crime ocorreu em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, na quarta-feira (22). 

De acordo com as investigações, Michele teria encomendado a morte de Aline após descobrir que a ex-modelo conseguia drogas com Paulo em troca de sexo. O homem negou as acusações da esposa e disse que tudo não passava apenas de uma invenção da mulher. 

Familiares da vítima alegaram que ela, que trabalhou 10 anos como modelo, era viciada em drogas há pelo menos seis. A irmã mais velha, Sabrina Juliana Lopes, contou que Aline sustentava o vício pedindo esmolas e se prostituindo em uma região conhecida por "Cotia Hall", uma espécie de "mini-Cracolândia" - local da emboscada em que a vítima foi atraída e assassinada.

Ex-modelo fazia tratamento

Em entrevista à Record TVSônia, mãe de Aline, contou que a filha fazia tratamento no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e que ela já tinha sido internada mais de uma vez, "só que fugia das clínicas", lamentou. 

Sabendo do vício da filha, a mãe estava acostumada com os desaparecimentos dela. "É comum ela passar uns dias longe, fora de casa. Mas ela sempre voltava para tomar banho e ver o filho", disse Sônia.

Dessa vez, mesmo com quatro dias sem dar notícias, a família tinha esperanças de que ela retornaria para casa. No entanto, o corpo de Aline foi encontrado carbonizado embaixo de uma passarela no quilômetro 32, da rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, no sábado (25).

Sônia recebeu a notícia da morte da filha por meio de uma ligação feita por um amigo da vítima. "Fizeram maldade com a Aline, ele disse. Eu não aguentei falar mais. Passei para o meu companheiro. Ele atendeu o resto da ligação e foi lá ver o que aconteceu", contou a mãe.

Emboscada

Na quarta-feira (22), Aline foi atraída para "Cotia Hall", uma antiga casa de shows onde ela sustentava o vício, por uma travesti conhecida pelo nome de Júlia, a pedido da mandante do crime, Micheli Andrade Ferraz. 

Motivada por ciúme, a autora arquitetou uma emboscada para a ex-modelo por acreditar que ela estava conseguindo drogas em troca de sexo com o marido dela, Paulo Lamartine Pereira Alexandria, com quem teve dois filhos.

Assim que Júlia e Aline chegaram ao local combinado, Micheli apareceu, colocou uma corda no pescoço da vítima e a puxou para trás até que ela parasse de respirar. A travesti segurou os braços da modelo enquanto isso.

Em seguida, um sofá foi jogado sobre a Aline e incendiado. O que restou do corpo ainda foi colocado em um carrinho de supermercado por Igor Santos de Moraes, contratado por R$ 50 para transportar o corpo até a passarela da rodovia Raposo Tavares, em Cotia.

O caso é investigado pela Delegacia Central de Cotia, que pediu a prisão temporária de Micheli, Paulo, Júlia e Igor ao Tribunal de Justiça de São Paulo.