A retomada das exportações da carne bovina brasileira para a China ainda segue sem data definida, mesmo após confirmação do caso atípico de “vaca louca”, no estado do Pará. O presidente Lula (PT), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro e representantes da pasta devem viajar para o país asiático ainda neste mês concluir as negociações. A China tem autonomia para decidir se retoma ou não a comprar o produto brasileiro.
“A bola está com o governo chinês. Eles estão analisando todas as informações que repassamos”, disse Carlos Fávaro na manhã desta quarta-feira (08).
Conforme o ministro, o plano é antecipar a viagem juntamente com a equipe técnica do Mapa e deixar tudo preparado com o ministério das relações exteriores a chegada do presidente Lula. O gestor deve ir para a China entre 20 e 22 de março. Já o presidente Lula desembarca no país no dia 28.
“Agora é aguardar a China, se eles ainda querem mais informações complementares. Se for necessário, quero fazer presencialmente com total transparência. Assim que se cria credibilidade, respeito e a oportunidade de ampliação dos negócios”, disse.
Auto embargo
As exportações da carne bovina para a China estão suspensas desde o dia 23 de fevereiro por decisão do Mapa, cumprindo com o acordo de transparência firmado entre os países em caso de registro da doença “vaca louca”.
O caso registrado no Pará foi confirmado como atípico após análise em laboratório no Canadá. As negociações com o país seguem em andamento. A China tem autonomia de decidir voltar a comprar ou não a carne bovina brasileira.
Além da China, outros 4 países, sendo eles: Rússia, Irã, Jordânia e Tailândia também suspenderam a compra da carne brasileira. O motivo em conformidade entre os países é o caso atípico de “vaca louca”. Até o momento, não há informações sobre as negociações para a retomada do envio do produto brasileiro para Rússia, Irã, Jordânia e Tailândia.