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Governador do DF 'jamais cogitou participar' dos atos de vandalismo, diz advogado

Integrante da equipe de advogados de Ibaneis Rocha (MDB), Cleber Lopes divulgou nesta segunda-feira um vídeo em defesa do cliente

Data: Terça-feira, 14/03/2023 08:45
Fonte: Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

O advogado criminalista Cleber Lopes, que integra a equipe de defensores do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicou um vídeo nesta segunda-feira (14) em defesa do chefe do Executivo distrital.

Na gravação (veja no vídeo acima), Lopes afirma que o governador "jamais cogitou de participar de qualquer ato de violência em relação às instituições desse país".

Ibaneis está afastado do cargo desde 9 de janeiro, suspeito de omissão em relação aos atos de vandalismo que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

"A defesa do governador Ibaneis Rocha sempre defendeu a sua inocência. Mesmo respeitando a decisão tomada pelo ministro [do Supremo Tribunal Federal (STF)] Alexandre de Moraes em 9 de janeiro, mesmo compreendendo a gravidade dos fatos, a defesa sempre procurou demonstrar de maneira respeitosa a inocência do governador", destacou o defensor na primeira parte do vídeo.

Cléber Lopes afirmou também que a defesa apresentou "documentos no âmbito do inquérito" e que levaram o governador "espontaneamente" para depor. Para ele, a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo retorno de Ibaneis ao cargo é uma evidência da inocência do chefe do Executivo.

A manifestação da PGR no sentido de que o governador possa ser reconduzido ao seu cargo antes do término do prazo estabelecido pelo eminente relator é a demonstração cabal de que o governador é inocente e a população do DF terá de volta o seu governador e viverá a situação de normalidade que sempre viveu aqui.

Manifestação da PGR

O posicionamento do defensor ocorre três dias depois de a PGR enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que a Corte suspenda a decisão do ministro Alexandre de Moraes que afastou Ibaneis do cargo. O afastamento determinado pelo período de 90 dias chega ao fim em 9 de abril.

Na manifestação, o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos afirma que os elementos reunidos até o momento da apuração não permitem concluir que o retorno de Ibaneis à função de governador impeça a coleta de provas, obstrua as investigações em andamento, ponha em risco a ordem pública ou a aplicação da lei penal.

"Portanto, atualmente, não estão preenchidos os requisitos da medida cautelar de afastamento da função pública, sem embargo da futura análise a respeito da existência ou não de provas para a responsabilização penal, quando terminada a colheita dos elementos de convicção para formação da opinio delicti", afirmou o procurador.