A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira (17, noite de quinta em Brasília) que o projétil lançado no dia anterior em direção ao Mar do Japão era um míssil balístico intercontinental (ICBM), informou a agência de notícias estatal KCNA, confirmando declarações do Exército sul-coreano. Na foto, o ditador Kim Jong-un observa a operação militar.
Kim Jong-un acompanhou o lançamento do míssil de longo alcance que foi uma espécie de aviso para Coreia do Sul e Japão, que se reuniram também nesta quinta-feira.
O míssil Hwasong-17 foi lançado também em reação aos exercícios militares conjuntos conduzidos por Estados Unidos e Coreia do Sul, descritos como "provocativos e agressivos" pela agência oficial de Pyongyang. Na foto, Kim Jong-un e sua filha de 11 anos.
De acordo com a KCNA, o míssil atingiu uma altitude máxima de 6.000 km e percorreu uma distância de 1.000 km "antes de pousar com precisão em área pré-selecionada em águas abertas".
A agência afirmou que o lançamento "confirmou a preparação bélica da unidade ICBM" e destacou que o disparo "não teve um impacto negativo na segurança dos países vizinhos". O líder sul-coreano supervisionou a operação militar.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que o míssil foi disparado com uma trajetória ascendente, e não para fora, evitando que o mesmo sobrevoasse os países vizinhos.
O novo lançamento aconteceu poucas horas antes de uma reunião entre o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Tóquio para abordar, entre outros temas, os programas nuclear e de mísseis de Pyongyang.