O Ministério da Saúde divulgou nesta semana um relatório que aponta a morte de um macaco confirmada por febre amarela em Mato Grosso. Conforme o órgão, de julho de 2017 a janeiro de 2018, foram 21 casos de epizootias (epidemia semelhante a seres humanos que ocorre em uma população animal) notificados. Destes, sete foram descartadas, 11 indeterminadas e dois entraram em investigação.
De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, houve a confirmação de um macaco positivo para febre amarela na região do Centro Político, removido em novembro de 2017, e a mortalidade de alguns animais inclusive em áreas verdes ou em seu entorno.
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Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde o último caso de morte de pessoa por febre amarela silvestre ocorreu em Mato Grosso no ano de 2009, no município de Feliz Natal. A febre amarela silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus, já a febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypit, o mesmo que transmite a dengue, a zika e chikungunya.
A Ses ainda disse que Mato Grosso é considerado pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde área estratégica de controle vetorial e tem vacina suficiente para imunizar a população. A média de cobertura vacinal registrada pela Ses é de 75%. Os municípios estão abastecidos com a vacina, conforme informação da coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental.
“Em 2017 outros dois macacos foram positivos para a doença, um próximo ao Cinturão Verde e outro no Sucuri. De março a dezembro de 2017 foram removidos 35 macacos e, neste ano, são 12. Importante ressaltar que o animal é recolhido na condição de suspeito, ou seja, a confirmação da doença é por diagnóstico laboratorial”, explica Moema Blatt, gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
A gestora enfatiza que, apesar da confirmação, não há motivo para a população entrar em pânico, pois o trabalho de prevenção já vem sendo realizado desde março do ano passado. “Cuiabá, assim como o estado de Mato Grosso, é considerada como área de risco de febre amarela, sendo classificada como área de recomendação de vacinação em rotina, motivo pelo qual a maior parte das pessoas é vacinada. Lembrando que, por diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), estabelecida em 2013, uma única dose da vacina em qualquer fase da vida é suficiente para imunizar”, esclarece Moema.
Uma das formas de prevenção à febre amarela, apontada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), além da vacina, é o uso de repelentes.
Ainda conforme a SMS, por conta dos recentes casos de febre amarela no Sudeste do país, na capital a procura dobrou nos PSFs no último mês. A vacina é oferecida e pode atender toda a demanda.