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Dino pede a Moraes que investigue Eduardo e Flávio Bolsonaro e Marcos do Val por fake news

Pedido inclui ainda deputados Carlos Jordy, Carlos Mattos, Otoni de Paula e Paulo Bilynskyj por falas sobre ida dele a comunidade no RJ

Data: Terça-feira, 21/03/2023 08:43
Fonte: Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enviou ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (20) uma notícia-crime em que pede que a Corte investigue pela prática de fake news os senadores Flávio Bolsonaro e Marcos do Val e os deputados federais Carlos Jordy, Carlos Roberto Coelho de Mattos, Eduardo Bolsonaro, Otoni de Paula e Paulo Bilynskyj. A investigação é no inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Segundo Dino, a visita dele ao Complexo da Maré, comunidade do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (13), foi repercutida nas redes sociais de parlamentares que insinuaram um possível envolvimento do ministro com o crime organizado pelo fato de o ministro ter entrado na região sem escolta policial.

Para o ministro, a imunidade parlamentar não pode ser usada como verdadeiro escudo para a prática de atividades ilícitas, ainda mais quando contrárias à ordem constitucional.

" Tais publicações, além de tentarem ferir a honra e imputar o cometimento de crime, estão carregadas de preconceito contra as camadas menos abastadas da sociedade, especialmente as favelas e demais periferias urbanas, que são frequentemente alcançadas pela discriminação e racismo, razões pelas quais há necessidade de apuração da conduta dos parlamentares."

Segundo o ministro, esse tipo de notícia falsa só consegue ser criada por quem, além de não compreender o desenvolvimento de políticas públicas, tem a maldosa intenção de ferir a honra.

"Tais condutas, apesar de, a princípio, estarem destinadas principalmente a este ministro, alcançam as pessoas em situação de vulnerabilidade que residem no Complexo do Maré, reforçando estigmas, constrangimento, humilhação, vergonha em virtude das questões econômicas e dos problemas urbanos (em especial, a criminalidade) pelos quais sofre a localidade, atraindo, assim, a incidência do ilícito penal", afirmou.