Autoridades municipais de Juína se reuniram para discutir o combate ao trabalho infantil em nossa cidade. Eles estão preocupados com os dados apurados que mostram que quase 500 crianças e adolescentes, entre 10 e 15 anos, estão praticando alguma atividade laboral em Juína.
A coordenadora do Centro de Referência da Assistência Social (CREAS), Talita Fonseca Oliveira, explicou que são muitos os prejuízos que uma criança passa a ter quando começa a muito cedo a trabalhar. “Nessa fase a criança tem que brincar, e não trabalhar”, disse.
De acordo com a Assistência Social Gisele Rodrigues, o município já possui um programa de combate à erradicação ao trabalho infantil. “Nós temos esse programa há algum tempo, porém ele precisa ser implementado com medidas e políticas voltadas a combater essa prática”.
Já a Secretária Municipal de Assistência Social, Irene Peruzzo, acredita que é preciso encontrar uma forma de inserir as crianças e adolescentes em outras atividades. “E isso está sendo discutido aqui hoje, reunimos vários segmentos para levantar propostas que posteriormente serão estudadas para uma possível implantação no município”, colocou.
Também participou da reunião o Defensor Público Federal, da Defensoria Pública da União de (DPU), de Juína, Dr Raphael Santoro. Ele disse á Record TV Juína ter ficado surpreso com os dados alarmantes envolvendo o trabalho infantil no município. “Eu não tinha ideia de quantas crianças estão começando cedo demais a trabalhar, isso causa enormes prejuízos para a vida dessa criança e hoje viemos somar forças, com propostas e ideias, para diminuir ou quisá acabar de uma vez com o trabalhar infantil”.
Na oportunidade, o Juiz da Vara do Trabalho, Dr Ediandro Martins, reforçou a proibição ao trabalho infantil, porém citou alternativas ao laboral.