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Traições, mala de dinheiro e mais: saiba os maiores escândalos da vida do rei Charles 3º

Polêmicas levaram soberano britânico a ser o sétimo membro da realeza mais popular entre os britânicos

Data: Quinta-feira, 04/05/2023 08:56
Fonte: Do R7

Charles 3º, que será coroado rei no próximo sábado (6), em Londres, se envolveu em polêmicas durante toda a vida antes de assumir o trono britânico. Esse poderia ser um dos motivos que o levam a ter menos simpatia dos britânicos do que sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª. Segundo uma pesquisa do instituto YouGov, o soberano é o sétimo membro da realeza mais popular. Nesse ranking, ele fica atrás da mãe, da nora Kate, do filho William, do pai, Philip, e até mesmo da princesa Anne e da sobrinha Zara, que são pouco conhecidas do público geral. Veja a seguir as principais polêmicas em que Charles se envolveu ao longo das décadas:

As revelações de infidelidade em seu casamento com a princesa Diana, que tinha o carinho da esmagadora maioria dos britânicos, deixaram Charles profundamente impopular. Durante anos, Camilla — então amante do soberano e agora rainha consorte — foi apontada como um dos motivos do fim do relacionamento entre Charles e Diana. A princesa morreu em 1997, em um trágico acidente de carro em Paris.

A reputação de Charles ficou ainda pior quando a HBO lançou o documentário The Princess, em julho de 2022, ano do 25º aniversário da morte de Diana. Em imagens de arquivo dos dois em turnê pela Austrália exibidas no documentário, fica claro que o soberano tinha ciúme do fato de a princesa ser mais popular do que ele.

Mais recentemente, Charles entrou em polêmicas que envolvem doações de origem no mínimo estranha feitas à sua instituição de caridade. Em julho de 2022, o jornal britânico Sunday Times informou que os meio-irmãos do terrorista Osama bin Laden (foto acima), que liderou o ataque às Torres Gêmeas, em 2001, fizeram uma doação de US$ 1,2 milhão (R$ 5,9 milhões) ao Fundo de Caridade do Príncipe de Gales, em 2013. Segundo a revista americana Time, a equipe do soberano informou que não havia solicitado a doação.

O Sunday Times revelou também que Charles teria recebido 3 milhões de libras (R$ 18,7 milhões) durante reuniões com o sheik Hamad bin Jassim, ex-primeiro ministro do Catar, em 2015. Um fato curioso é que o dinheiro foi entregue em espécie, dentro de uma mala. A verba foi repassada imediatamente ao Fundo de Caridade do Príncipe de Gales.

Até mesmo a atuação de Charles em causas de caridade chegou a ser criticada. Embora ele tenha sido elogiado por seus esforços para proteger o meio ambiente e falas sobre as mudanças climáticas, os cientistas levantaram preocupações sobre outras questões que o soberano defendeu. Após o monarca se tornar patrono de um grupo voltado para a medicina homeopática em 2019, a organização Good Thinking Society, que promove a ciência baseada em evidências, chamou o monarca de "anticiência".

Agora que Charles é rei, talvez a polêmica mais comprometedora para ele seja a acusação que enfrenta de tentar influenciar o governo britânico. Em 2015, a imprensa revelou que o soberano recebeu documentos confidenciais sobre o funcionamento interno do governo que nem mesmo os ministros tinham visto, levando um membro sênior do Parlamento a chamá-lo de "o lobista mais bem informado" da Grã-Bretanha — um lobista é aquele que busca manipular terceiros a fim de interferir nas decisões do poder público para benefício próprio. O jornal britânico The Guardian teve acesso a 27 cartas que o monarca enviou a ministros de sete departamentos governamentais do Reino Unido, nas quais fazia petições sobre assuntos que iam desde a guerra do Iraque até terapias alternativas.