Frio, calculista e muito bem organizado.
O Palmeiras não deu a menor chance ao Barcelona, mesmo jogando em Guayaquil.
Com gols de Raphael Veiga, cobrando pênalti em Rony, e de Gustavo Gómez, completando escanteio, o time se impôs.
E mostrou que é o melhor paulista em 2023.
Vitória importantíssima, que garantiu a divisão da liderança do grupo C da Libertadores com o Bolívar.
O time de Abel Ferreira travou com muita personalidade os equatorianos, que buscavam a correria, a marcação por pressão.
Não teve empolgação por conta da ótima atuação de Zé Rafael e Gustavo Menino, que conseguiram encaixar a marcação em Ortiz e Daminán Díaz. Piquerez também se impôs e atuou em grande parte da partida como terceiro zagueiro.
O Barcelona de Fábian Bustos deu muito espaço, apesar de, na teoria, ele ter sido escalado no 4-5-1.
O grande diferencial estava no conjunto e na capacidade técnica dos brasileiros.
O Palmeiras tomou um susto aos 26 minutos, quando o eficiente Murilo deslocou o ombro e teve de ser substituído por Luan, que é mais lento que o titular.
Pressionado pela torcida, o Barcelona se lançava ao ataque. E deixava espaço precioso para os contragolpes que os palmeirenses fazem de olhos fechados.
Com liberdade para dominar a bola e raciocinar, Veiga não titubeou e fez ótimo lançamento para Rony. O velocista atacante chegou antes do goleiro Mendoza, que o derrubou.
Raphael Veiga cobrou com eficiência e marcou 1 a 0, deslocando o arqueiro. Depois do gol, ele beijou a faixa preta, que o Palmeiras usou no jogo, representando o luto pela morte do coordenador médico Gustavo Magliocca.
Os equatorianos sentiram o golpe, por saírem atrás no placar, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Para o intervalo, o plano de Bustos era atacar, tentar a igualdade o mais rápido possível.
Só que ele não contava com a fatal bola parada palmeirense..
A 1 minuto do segundo tempo, Veiga cobrou escanteio, a zaga equatoriana desviou, e a bola procurou Gustavo Gómez, que marcou 2 a 0. Foi seu 31º gol no defensor paraguaio com a camisa verde. E está a cinco gols do principal zagueiro artilheiro da história do clube, Luís Pereira.
A partir daí, Abel tratou de administrar a vantagem fora de casa. E o Barcelona ficou ainda mais afobado, buscando descontar para brigar pelo empate.
Weverton teve de trabalhar e ainda viu um ótimo chute de Souza beijar sua trave esquerda. Mas não havia consistência, consciência nos ataques equatorianos. Logo a afobação se transformou em frustração e o ânimo foi diminuindo. Travado pela disposição tática palmeirense.
Quem fez a diferença foi a estratégia.
E o talento superior do Palmeiras.
O time recupera os três pontos que perdeu para o Bolívar, quando teve de atuar com o time reserva na altitude. Por estar classificado para a final do Paulista...