Em depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres afirmou que não interferia nas operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O depoimento, realizado em Brasília, durou mais de duas horas.
Torres também manteve a versão de que esteve na Bahia para inauguração de uma obra da Polícia Federal que não tinha relação com a PRF. O ex-ministro deixou a Polícia Federal após depor sobre a suposta interferência na PRF no segundo turno das eleições de 2022.
O ex-ministro chegou à sede da corporação, em Brasília, por volta das 13h30. O depoimento começou por volta das 14h30, e Torres deixou o prédio por volta das 16h50.
A oitiva faz parte de um inquérito sobre uma viagem do ex-ministro às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, que teria sido realizada a fim de pedir o "apoio" da PF e da PRF para interferir no fluxo de eleitores.
A ação do então ministro da Justiça e Segurança Pública teria o objetivo de atrasar eleitores da Bahia no dia da votação. O pedido à PRF teria sido feito depois da produção de um relatório que detalhava os locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria mais votos no primeiro turno.