O suposto envolvimento do zagueiro Eduardo Bauermann num esquema de manipulação de jogos do futebol brasileiro, que teria recebido R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo, é apenas uma entre várias polêmicas que cercam os bastidores do Santos. Relembre a seguir alguns dos episódios que mostram por que o drama do torcedor santista persiste há anos. Confira!
Impeachment de presidente - Em 2020, o caldeirão político da Vila Belmiro implodiu e culminou na saída forçada de José Carlos Peres da presidência santista. O cartola gastou o que tinha e o que não tinha para formar um time competitivo, mas colocou o Peixe em situação extremamente delicada financeiramente. O impeachment de Peres foi aprovado por ampla maioria nos bastidores do Santos, e quem assumiu seu lugar foi o vice na época, Orlando Rollo.
Ex-presidente preso - Orlando Rollo comandou o Santos de forma temporária, apenas até o fim do mandato, que se encerrou no fim de 2020. Dois anos depois, em novembro de 2022, Rollo foi preso sob acusação de negociar cargas de cocaína, apreendidas pela Polícia Federal, para facções criminosas. Porém, o ex-presidente santista, que também é investigador da mesma PF, foi solto em março deste ano, depois de decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região que declarou, com base em documentos fornecidos pela defesa dos acusados, a ilegalidade de uma das provas do processo.
Contratação de Robinho - Um dos feitos de Orlando Rollo enquanto mandatário do Santos foi a contratação de Robinho, em 2020. O jogador viria com um contrato de produtividade, mas a chegada do atacante foi amplamente repudiada por torcedores, imprensa e até patrocinadores, que ameaçaram deixar o clube caso o negócio fosse concretizado. Na época, Rollo argumentou que a condenação do jogador por estupro ainda não tinha passado pelo trânsito em julgado (Robinho era condenado por estupro em 2ª instância na época), mas voltou atrás na decisão de contratar o jogador.
Problemas financeiros - Andrés Rueda foi eleito presidente do Santos e assumiu o comando do clube para o triênio 2021-23. A maior responsabilidade de sua gestão seria contornar a grave crise financeira atravessada pelo Peixe, que passou por transferban e até ameaça de perda de pontos por conta de compromissos não honrados por gestões anteriores.
Oito técnicos em três anos - A crise santista não se expressa apenas nos bastidores, mas respinga também dentro das quatro linhas. Desde o início da gestão Rueda, o Santos já teve oito treinadores (Ariel Holán, Marcelo Fernandes, Fernando Diniz, Fábio Carille, Fabián Bustos, Lisca Doido, Orlando Ribeiro e Odair Hellmann).
Gafe em homenagem ao Rei - O lançamento da Sala do Trono, dedicada ao maior ídolo do clube, causou revolta entre os santistas, que pelas redes sociais se mostraram frustrados com o resultado final, alegando que Pelé merecia uma homenagem muito melhor. Após a polêmica, o clube retirou o vídeo do ar.
Escândalo de apostas - Eduardo Bauermann, zagueiro titular da equipe santista desde que chegou, em 2022, foi um dos atletas citados na Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, que investiga a participação de jogadores na manipulação de resultados. Segundo o processo, Bauermann recebeu R$ 50 mil para ser penalizado com cartão em jogo do campeonato brasileiro do ano. Com o avanço do caso, o clube afastou o jogador de suas atividades.