A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quinta-feira (11), a 11ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram ou fomentaram os atos extremistas do 8 de Janeiro, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Os agentes cumprem 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Foi determinado o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A ação está em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e de pessoas capturadas e foragidas.
Na última segunda-feira (8), o STF concluiu o julgamento e decidiu tornar réus mais 250 denunciados pela participação nos atos extremistas de 8 de janeiro, em Brasília. Prevaleceu o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes.
Até o momento, o STF se decidiu pela abertura de ações penais contra 550 pessoas acusadas de participação nos atos extremistas.
Moraes foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes e pela presidente da Corte, Rosa Weber. Os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça tiveram entendimento diferente do do relator.