Defesa de Lumar Costa da Silva, que matou e arrancou o coração da tia, requereu à Justiça que seja concedida prisão domiciliar. Lumar está preso na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite, popularmente conhecida como "Ferrugem", em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá).
Conforme requerimento do advogado Dener Felipe Felizardo, que faz a defesa de Lumar, seu cliente foi absolvido sumariamente pela Justiça, tendo em vista que foi considerado inimputável pelos crimes.
Decisão proferida no final de junho de 2022 pelo juiz de direito da 2ª Vara Criminal de Sorriso considerou que Lumar por ter sido diagnosticado com Transtorno Afetivo Bipolar tipo I.
Na determinação, contudo, o magistrado decidiu pela internação de Lumar no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho com transferência autorizada para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha, em São Paulo, onde Lumar tem família.
Porém, conforme destacado pela defesa, desde a prisão em flagrante Lumar está preso na Ferrugem.
"Unidade prisional esta que não possui ala para tratamento psiquiátrico, portanto encontra desde o dia da sua prisão PRESO em uma cela convencional, sem acesso ao tratamento adequado e recomendado para a sua recuperação", argumentou a defesa. Neste contexto, o advogado requereu que a Justiça concedesse prisão domiciliar a Lumar.
O caso
Lumar morava em São Paulo e foi para Sorriso após um desentendimento com a mãe. Ele foi acolhido pela tia Maria Zélia, em Sinop, porém a mulher o expulsou de casa ao saber que era dependente químico.
No dia do assassinato, Lumar estava sob efeito de drogas e tinha alucinações. Afirma que não sabia o que estava fazendo e não conseguia distinguir a realidade da fantasia.
Em 2 de julho de 2019, ele atacou a tia e a matou a facadas. Com a arma ele arrancou o coração da mulher e a levou para a prima, filha da vítima. Roubou o carro da prima e tentou sequestrar a filha dela, uma menina de 7 anos. Com o carro ele bateu numa subestação de energia tentando incendiar o local.