O rendimento médio domiciliar por pessoa do 1% da população mais rica era de R$ 17.447 em 2022. O valor equivale a 32,5 vezes o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537), segundo dados publicados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Rendimento de Todas as Fontes, apesar de a desigualdade ainda ser "muito grande", ela é menor do que a apurada em 2021, quando a disparidade era de 38,4 vezes.
"Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento”, avalia Alessandra Brito, analista da pesquisa.
A pesquisa revela que a metade da população com os menores rendimentos recebeu, em média, R$ 537 no ano passado, uma alta de 18% em relação aos ganhos de 2021, quando o rendimento dessa metade da população chegou ao menor valor da série histórica: R$ 455.
De 2021 para 2022, o rendimento domiciliar per capita cresceu em quase toda a distribuição, mas principalmente na primeira metade. Já o 1% com os maiores rendimentos teve pequena perda (-0,3%).