Sob a coordenação do Ministério da Defesa, as Forças Armadas apreenderam, na região da tríplice fronteira da Amazônia (Brasil, Colômbia e Peru), localizada no Alto Solimões (estado do Amazonas), cerca de uma tonelada de drogas, e destruíram 29 embarcações utilizadas no garimpo ilegal. Os resultados fazem parte da Operação Ágata Amazônia — Comando Conjunto Uiara, realizada desde 15 de maio em cooperação com agências do governo federal.
Em nove dias de atuação, os militares causaram prejuízo, aproximado, de R$ 71,3 milhões às atividades criminosas. A iniciativa conta com a participação de 1.320 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de sete navios, oito embarcações e dez aeronaves, para prevenir, controlar, fiscalizar e repreender os delitos transfronteiriços na região.
No período, foram realizadas apreensões de entorpecentes, como maconha e skank, totalizando 1.115 kg de drogas. Essa soma de apreensões foi avaliada pela Polícia Federal em R$ 22,3 milhões.
Além disso, em parceria com agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), os militares destruíram 29 dragas utilizadas no garimpo ilegal e estruturas de apoio — balsas de combustível, antenas de internet satelital e sistema de câmeras de segurança.
Segundo a avaliação do órgão, a construção das embarcações ilegais pode custar de R$ 600 mil a R$ 7 milhões cada. Dessa forma, o prejuízo gerado ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 49 milhões. Além desse valor, estima-se que elas teriam a capacidade de gerar um lucro de R$ 23,2 milhões por mês aos criminosos, indicando números ainda maiores em perdas para a atividade ilícita.